Barcelona só pode voltar a contratar em 2016
FIFA recusou recurso apresentado pelo clube e manteve a proibição de contratar por um ano.
O FC Barcelona está impedido pela FIFA de contratar futebolistas até Janeiro de 2016. O recurso interposto pelo clube espanhol foi recusado esta quarta-feira.
Em causa está a violação das normas internacionais referentes às transferências de jogadores menores de idade. No início de Abril, a Comissão Disciplinar da FIFA tinha decidido castigar o FC Barcelona, impedindo o clube de contratar jogadores durante um ano.
A direcção do clube blaugrana decidiu recorrer da decisão, assim como a Real Federação Espanhola de Futebol. O recurso impediu que o castigo fosse aplicado enquanto não fosse dado um veredicto final, permitindo que o FC Barcelona comprasse jogadores durante o actual mercado de transferências.
A Comissão de Recurso da FIFA veio agora rejeitar os recursos e “confirma inteiramente as decisões provenientes da Comissão Disciplinar em relação aos casos sobre a protecção de menores”, segundo o comunicado revelado esta quarta-feira.
Mantendo-se os castigos aplicados ao clube catalão, este fica então “impedido de registar quaisquer jogadores, tanto ao nível nacional como internacional, durante dois períodos de transferência consecutivos, a começar no próximo período de inscrições (Janeiro de 2015)”.
O FC Barcelona garantiu que irá recorrer da decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto denunciando “uma resolução que atenta contra o espírito da nossa Masia”, referindo-se à academia de formação do clube.
Na base do veredicto da FIFA está a violação do artigo 19.º dos Regulamentos sobre os Estatutos e Transferências de Jogadores, que tutela a protecção dos atletas com menos de 18 anos.
A Comissão Disciplinar refere que o regulamento foi infringido pelo FC Barcelona em relação a dez jogadores menores. A FIFA concedeu 90 dias para que o clube regularize a situação dos atletas
Para além da proibição de contratar, o clube terá de pagar uma multa de 450 mil francos suíços (mais de 370 mil euros). À federação espanhola também foram imputadas violações neste âmbito e terá de pagar 500 mil francos suíços (413 mil euros).
