As trotinetas eléctricas partilhadas têm uma vantagem ambiental duvidosa

Depois de décadas de iniciativas para impedir o estacionamento dos carros nos passeios, vemos que estes são agora reocupados por trotinetas. Os mais velhos correm maior risco de tropeçar nelas.

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Trotinetes Daniel Rocha
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O primeiro serviço de trotinetas eléctricas partilhadas surgiu em 2017 na Califórnia, pela empresa Bird. O seu fundador, Travis VanderZanden, disse, na altura, que esta era uma forma de transporte inovadora e amiga do ambiente. Afirmação absurda, tendo em conta que a primeira geração dessas trotinetas tinha uma vida útil que não passava dos dois a três meses, sendo praticamente descartáveis. Apesar das melhorias em modelos mais recentes, de acordo com um estudo realizado por investigadores do Instituto Superior Técnico, publicado no ano passado na revista Journal of Urban Mobility, na cidade de Lisboa, e por causa das condições difíceis de pavimento e do declive, as trotinetas partilhadas duram apenas mês e meio. Elas levantam também questões sérias de segurança, como contaremos neste texto, que faz parte da série quinzenal (à sexta-feira) “Como perder amigos rapidamente”, sobre casos em que a ciência e os dados contrariam muitos influencers e opinion makers.

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