Para os jovens trans, ir à escola é “uma batalha”: “Tinha medo de que me agredissem”
Há quem lute para que o seu nome seja reconhecido, passe os dias sem ir à casa de banho ou seja chamado “aberração” — situações de violência que levam os alunos transgénero a faltar às aulas ou mesmo a chumbar de ano. Legislação é fundamental para “garantir inclusão”: “A função da escola é ajudar a que não doa tanto.”
Centenas de alunos passam os dias na Escola Básica e Secundária Gil Vicente, na Graça, em Lisboa. O desenho dos edifícios faz adivinhar que esta é uma escola lisboeta com história — foi o primeiro liceu criado pela República —, mas a directora Ana Duarte orgulha-se de aqui não existir uma visão “antiquada”, graceja. Há pelo menos cinco anos que a identidade de género é um “tema muito familiar na escola”: têm alunos transgénero (que não se identificam com o género que lhes é atribuído à nascença) no ensino básico e secundário e até “já houve um professor trans que deu aulas no início do seu processo de transição”, acrescenta.
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