Para Ana Cid Gonçalves, da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, a medida é muito positiva, uma vez que as vacinas não são comparticipadas, apesar de “recomendadas por muitos pediatras”. Em conjunto custam “cerca de 475 euros” (são necessárias várias doses de cada uma), acentua.
Relativamente à Prevenar, os especialistas concordam que faz sentido dá-las a todas as crianças. Ainda este sábado, aliás, o Governo anunciou que vai financiar a aquisição desta vacina para que as famílias com menos recursos não fiquem prejudicadas.
Um especialista contactado pelo PÚBLICO e que preferiu não se identificar notou, porém, que é preciso fazer bem as contas em relação às outras vacinas. Só para a vacina para a meningite B, doença que anualmente afecta seis dezenas de crianças (sendo que a taxa de mortalidade ronda os 8 a 10%), serão necessários cerca de 24 milhões de euros, estima.
Outras medidas visam ajudar os casais com problemas de fertilidade, através do reforço dos ciclos da Procriação Medicamente Assistida (PMA) e do aumento da idade das beneficiárias. O PSD e o CDS propõem o estudo da viabilidade de reforço da comparticipação da medicação necessária na PMA, que pode ascender a cerca de 200 euros por mês. Maria do Céu Machado nota, a propósito, que não faz sentido que a pílula anticoncepocional seja cedida nos centros de saúde e a que a interrupção voluntária de gravidez seja gratuita, enquanto os fármacos para a PMA continuam a não ser comparticipados a 100%.