Benfica teve de ir ao fundo antes de voltar a ver a luz

Segurança de Vlachodimos e “bis” de Darwin Núñez mantiveram a equipa de Veríssimo viva num confronto com o Santa Clara que não disfarçou alguns dos fantasmas da casa.

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Darwin bisou e evitou novo desaire do Benfica na Luz Reuters/PEDRO NUNES

O Benfica está de regresso às vitórias no Estádio da Luz, onde superou por 2-1 - depois de mais um susto - um Santa Clara que ameaçou prolongar a angústia da equipa de Nélson Veríssimo, obrigando Darwin Núñez a puxar dos galões para dar a volta ao texto e aproveitar o balão de oxigénio oferecido pelo empate dos rivais no clássico do Dragão, à 22.ª jornada.

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O Benfica está de regresso às vitórias no Estádio da Luz, onde superou por 2-1 - depois de mais um susto - um Santa Clara que ameaçou prolongar a angústia da equipa de Nélson Veríssimo, obrigando Darwin Núñez a puxar dos galões para dar a volta ao texto e aproveitar o balão de oxigénio oferecido pelo empate dos rivais no clássico do Dragão, à 22.ª jornada.

Apesar de ter agora os “leões” a quatro pontos e a liderança a 10, o Benfica não dispensará o divã que os açorianos fizeram questão de colocar no meio do relvado e que um punhado de intervenções de Vlachodimos e um erro crasso do central Mikel Villanueva ajudaram a desmontar.

O Benfica fez o que lhe competia, assumindo o jogo com autoridade, criando rápida e naturalmente uma série de acções que deixaram o Santa Clara na iminência de um colapso nervoso. Com Darwin mais adiantado e Weigl a ser suficiente para magnetizar o jogo na eventualidade de uma saída dos açorianos, o Benfica pressionava com uma linha de quatro homens de propensão ofensiva, com Rafa a garantir a fluidez que acabou por não produzir resultados práticos. A bola sobrevoava a área do Santa Clara, mas faltava a emenda certa. Sem um remate enquadrado, a superioridade encarnada era insuficiente para dar continuidade à vitória de Tondela.

Darwin e Vertonghen comprovariam, no espaço de dois minutos, a inabilidade na área de Marco, que viu o uruguaio falhar o alvo na primeira grande oportunidade das “águias”. Tentou o belga remediar o problema numa sobra que o deixou em posição privilegiada para marcar, mas um desvio de Villanueva foi o suficiente para mudar a trajectória e colocar a bola na rota do poste.

Mais do que iminente, o golo parecia inevitável. Só que numa transição, a primeira com força para chegar à área de Vlachodimos, o Santa Clara mergulhava os “encarnados” numa profunda depressão. Barreto serviu Rui Costa, que rematou para defesa incompleta do guarda-redes benfiquista, permitindo a entrada triunfal de Mohebi, a marcar no primeiro jogo a titular. O Santa Clara surgiu na Luz desfalcado de dois dos seus mais influentes jogadores (Lincoln e Cryzan), mas mostrou a mesma capacidade para ferir adversários de galáxias distantes com uma frieza assinalável. O árbitro ainda deu esperança ao Benfica, assinalando posição irregular de Rui Costa, mas o VAR repôs a verdade.

A expressão de Nélson Veríssimo era esclarecedora. O Benfica queria reagir, mas não encontrava soluções. Otamendi tentava erguer a equipa, mas acabaria por ser Vlachodimos a evitar um escândalo maior ao intervalo, ao evitar o segundo golo açoriano a remate de Barreto.

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Mas como em tudo na vida, não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe. Assim, no reatamento, já depois da saída de Mohebi, lesionado, e da intervenção de Veríssimo, a lançar Yaremchuk e Taarabt, sacrificando Paulo Bernardo e o desinspiradíssimo Everton, o venezuelano Mikel Villanueva cometeu um penálti absurdo sobre Rafa que Darwin não falhou. Como não falhou, dois minutos depois, o golo que colocou o Benfica pela primeira vez na frente do marcador. O uruguaio bisou, marcando pelo quarto jogo consecutivo e escancarando as portas de nova vitória, a permitir a aproximação aos rivais Sporting e FC Porto.