Sporting aceitou o que o Santa Clara lhe ofereceu

“Leões” seguem para o jogo decisivo após triunfo com reviravolta por 2-1 sobre o Santa Clara e marcam encontro com o Benfica no próximo sábado em Leiria.

Foto
Sporting vai tentar conquistar a quarta Taça da Liga do seu historial EPA/PAULO CUNHA

Há pouco mais de duas semanas, o Sporting abriu brechas inesperadas nos Açores, derrotado pelo Santa Clara por 3-2. Ficou sem a invencibilidade, a liderança partilhada do campeonato e Rúben Amorim ficou com alguns problemas para resolver. Nesta quarta-feira, os “leões” reencontraram-se com o seu matador açoriano e vingaram-se, com um triunfo por 2-1 que lhes deu acesso à final da Taça da Liga e a um duelo no próximo sábado, em Leiria, com o Benfica, para a possibilidade de renovar um título que já conquistaram por três vezes nas últimas quatro temporadas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Há pouco mais de duas semanas, o Sporting abriu brechas inesperadas nos Açores, derrotado pelo Santa Clara por 3-2. Ficou sem a invencibilidade, a liderança partilhada do campeonato e Rúben Amorim ficou com alguns problemas para resolver. Nesta quarta-feira, os “leões” reencontraram-se com o seu matador açoriano e vingaram-se, com um triunfo por 2-1 que lhes deu acesso à final da Taça da Liga e a um duelo no próximo sábado, em Leiria, com o Benfica, para a possibilidade de renovar um título que já conquistaram por três vezes nas últimas quatro temporadas.

Mas não foi uma vitória “limpa” no sentido de o Sporting ter sido uma equipa dominadora e autoritária do primeiro ao último minuto. O défice de agressividade e concentração que Rúben Amorim tinha identificado no confronto anterior com o Santa Clara voltou a ser evidente, sobretudo na primeira parte. E também evidente foi a boa preparação que os açorianos, agora com Mário Silva no banco, levaram para Leiria, justificando em pleno a vantagem que chegaram a ter no jogo e que perderam com um autogolo e um penálti.

Desde o primeiro minuto que o Sporting sentiu enormes dificuldades em furar o esquema defensivo do Santa Clara, uma numerosa linha junto à baliza e um meio-campo de rotinas bem oleadas para tentar os roubos de bola no ataque posicional do adversário. Poucas vezes os “leões” conseguiram encontrar espaço nas alas. Quase sempre o faziam pelo flanco esquerdo, com Matheus Reis, o central daquele lado, a combinar bem com Nuno Santos.

Aos 15’, foi uma jogada entre os dois que levou algum perigo à baliza de Ricardo. O brasileiro fez um passe longo na direcção de Nuno Santos e o extremo arrancou um cruzamento para a pequena área, onde estavam dois colegas. Mas a bola não chegou a nenhum deles e o lance perdeu-se.

O Sporting também não conseguia fazer nada das bolas paradas. Nem de cantos, nem de livres. Ao contrário do Santa Clara, que marcou praticamente no primeiro lance perigoso que teve. Num livre directo aos 32’, Lincoln aproveitou o mau posicionamento da barreira formada pelo Sporting (que só tinha dois elementos) e marcou. O brasileiro já tinha sido a figura maior do jogo nos Açores (com um golo e uma assistência) e posicionava-se para voltar a sê-lo.

The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml' was not found. The following locations were searched: ~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml
NOTICIA_POSITIVONEGATIVO

O Sporting não conseguia aproximar-se com grande perigo da baliza dos açorianos, mas agradeceu a oferta de Villanueva aos 40’. De novo pela esquerda, Nuno Santos voltou a colocar a bola na pequena área e o central venezuelano do Santa Clara, com Sarabia nas costas meteu a bola na própria baliza.

Antes do intervalo, Cryzan quase voltou a meter a equipa de Mário Silva na frente, com um cabeceamento após livre que Adán defendeu para o poste esquerdo da sua baliza.

Sem mudanças ao intervalo, o Sporting voltou para a segunda parte disposto a fazer o cerco à área açoriana e acabou por ser feliz. Aos 59’, após canto, Rui Costa desviou uma bola com o braço. O videoárbitro detectou a infracção e o árbitro de campo António Nobre foi ver as imagens. Após alguns minutos, o juiz de Leiria marcou penálti, expulsou o jogador do Santa Clara (porque a bola ia na direcção da baliza e não estava lá o guarda-redes) e, a partir da marca dos 11 metros, Sarabia fez o 2-1 que acabaria colocar o Sporting por cima no resultado.

Se, com 11, o Santa Clara já tinha dificuldades em sair para o ataque e aguentar o cerco “leonino”, com dez essas dificuldades foram ainda maiores. O Sporting teve um pouco mais de espaço para manobrar e até teve oportunidades para marcar mais - Paulinho foi o protagonista de um falhanço incrível -, mas também teve de sofrer um pouco com o tudo por tudo dos açorianos nos últimos minutos. Nada mudou e seguiu para final a equipa que mais fez por isso. E haverá um derby de Lisboa em Leiria no próximo sábado.