Jogadora de 14 anos do Sporting alvo de insultos racistas

Um adepto terá mandando calar a jogadora, proferindo um insulto racista, e a futebolista perdeu o controlo e respondeu ao insulto tendo sido expulsa como consequência. “O Sporting repudia qualquer acto de racismo e está com a jogadora na luta pela igualdade. Nesta luta, nunca estarás sozinha”, escreveu o clube no Twitter.

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A adolescente foi vítima de insultos “que ofendem qualquer jogadora que joga contra rapazes e percorre um sonho”, diz o técnico do Sporting Hugo Santos/ Arquivo

O Sporting repudiou esta terça-feira os insultos racistas dirigidos no domingo à jogadora Cíntia Martins, de 14 anos, que acabou expulsa por denunciar o acto num jogo de futebol de iniciados, que opôs os “leões” à Fundação Salesianos. O jogo aconteceu entre a equipa feminina do Sporting e uma equipa masculina, num campeonato misto.

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O Sporting repudiou esta terça-feira os insultos racistas dirigidos no domingo à jogadora Cíntia Martins, de 14 anos, que acabou expulsa por denunciar o acto num jogo de futebol de iniciados, que opôs os “leões” à Fundação Salesianos. O jogo aconteceu entre a equipa feminina do Sporting e uma equipa masculina, num campeonato misto.

“Cíntia Martins, do Sporting, foi ontem [domingo] vítima de racismo por parte de adeptos adversários, durante o jogo das iniciadas. O Sporting repudia qualquer acto de racismo e está com a jogadora na luta pela igualdade. Nesta luta, nunca estarás sozinha”, escreveu o clube “leonino” na rede social Twitter.

Segundo o técnico dos “verdes e brancos” Paulo Conceição, a adolescente foi vítima de insultos “que ofendem qualquer jogadora que joga contra rapazes e percorre um sonho”. Um adepto terá mandando calar a jogadora, proferindo um insulto racista, e a futebolista perdeu o controlo e respondeu ao insulto tendo sido expulsa como consequência.

“Na altura não tinha percebido o sucedido, mas, se tivesse ouvido tal comentário, não teria continuado o jogo. Com 23 anos foi a primeira vez que me senti impotente, sem saber o que se passava e sem saber o que fazer. Nenhum sistema táctico ou substituição mudava ou alterava alguma coisa”, escreveu o técnico, na rede social Facebook.

“Ninguém, mas ninguém deve ser julgado pela sua idade, género, orientação sexual ou tom de pele, muito menos uma criança de 14 anos”, refere, na mesma publicação.