Benfica pediu a Darwin para o levar à final a quatro da Taça da Liga

Frente a um adversário em dificuldades para se manter na segunda divisão - e reduzido a dez jogadores muito cedo neste jogo -, o Benfica teve de chamar a jogo Rafa, Yaremchuk e Darwin. O uruguaio voltou a ser decisivo.

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Momento do jogo entre o Benfica e o Sp. Braga LUSA/TIAGO PETINGA

O Benfica garantiu nesta quarta-feira um lugar na final a quatro da Taça da Liga. Os “encarnados” tinham de vencer o Sporting da Covilhã – e venceram. Tinham de marcar vários golos – e marcaram.

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O Benfica garantiu nesta quarta-feira um lugar na final a quatro da Taça da Liga. Os “encarnados” tinham de vencer o Sporting da Covilhã – e venceram. Tinham de marcar vários golos – e marcaram.

Tudo aconteceu como tinha de acontecer e o triunfo por 3-0, no Estádio da Luz, garante à equipa de Jorge Jesus a ultrapassagem ao Vitória de Guimarães no grupo A, acabando com melhor diferença de golos do que os minhotos.

Mas a competência que houve no prisma do objectivo, que foi conseguido, faltou no do brilhantismo, já que o desempenho “encarnado” foi bastante cinzento durante toda a partida, mesmo frente a um adversário frágil e reduzido a dez jogadores desde cedo.

Jorge Jesus foi mesmo obrigado a chamar a “artilharia”, juntando a um “onze” secundário a ajuda de Darwin, Rafa e Yaremchuk na segunda parte.

Taarabt jogou “sozinho"

No Estádio da Luz assistiu-se, como não poderia deixar de ser, a um domínio total do Benfica. Os “encarnados” foram os “donos da bola”, mas não necessariamente sabendo o que fazer com ela.

Se o “onze” mais utilizado por Jorge Jesus já não é um exemplo perfeito de recursos em ataque posicional, esta equipa, muito menos entrosada e a jogar junta pela primeira vez, sê-lo-á menos ainda.

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A equipa viveu, sobretudo, do que fez Taarabt, com as arrancadas e passes de risco do marroquino, que muitas vezes nem tinha soluções e transviou passes para os pés serranos.

Depois, pareceu haver uma muita gente na zona defensiva do Benfica. Eram três centrais mais Meïte, algo que não só “roubou” um jogador que seria útil na zona de criação – ou mesmo para permitir a Taarabt jogar mais à frente, onde mais faz a diferença – como teve no médio francês um condicionador, pela negativa, da fluidez da construção.

O Benfica tentava apenas a largura, com Gil Dias e Everton, para depois haver cruzamentos quase sempre sem nexo. A falta de engenho só foi mascarada por um livre “estudado”. Taarabt jogou curto para Pizzi, que desmarcou Gonçalo Ramos. O jovem avançado só precisou de oferecer o golo fácil a Seferovic.

O Sp. Covilhã pouco jogou e só de bola parada criou perigo – atirou à trave aos 19’. A equipa serrana defendeu como pôde e pôde ainda menos quando Tembeng considerou boa ideia, já tendo amarelo, pisar Everton numa abordagem descuidada.

Foi expulso e tudo deveria ter ficado mais fácil – na teoria. Na prática, o Benfica manteve as dificuldades para criar jogadas e e continuaram os passes errados, mesmo os fáceis.

Darwin desbloqueou

Depois de um início ainda mais cinzento na segunda parte, só aos 65’ Jorge Jesus – ou João de Deus, que o técnico principal, castigado, não esteve no banco – decidiu tirar um dos três centrais, já há muito redundantes, e colocou um ponta-de-lança, Yaremchuk.

Com Darwin, Ramos, Yaremchuk e Rafa, mais Taarabt e Paulo Bernardo, o Benfica teve muita presença na área adversária – chegaram a estar oito jogadores nessa zona –, mas até foi por outras vias que chegou à final a quatro.

Primeiro, Rafa foi derrubado na área. Houve penálti, remate de Darwin e 2-0 para o Benfica. Depois, aos 74’, Darwin rematou de fora da área e o guarda-redes Léo deixou passar a bola por entre as pernas.

A partir daqui nada haveria a fazer para o Sp. Covilhã. Não havia motivação, objectivo, força ou engenho que valessem uma investida pelo 3-1 – resultado que nem mudaria nada para o Benfica. Assim sendo, os “encarnados” puderam descansar durante 15 minutos e gerir o 3-0 que garantiu a final a quatro.