Técnicos de emergência pré-hospitalar realizam hoje greve e concentração em frente ao INEM

Além da revisão da carreira e melhores condições de trabalho, os técnicos de emergência pré-hospitalar exigem também salários dignos e abertura de concursos para fixar profissionais.

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Manuel Roberto

Os técnicos de emergência pré-hospitalar estão em greve nesta sexta-feira e realizam uma concentração em frente às instalações do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para exigir a revisão da carreira e melhores condições de trabalho.

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Os técnicos de emergência pré-hospitalar estão em greve nesta sexta-feira e realizam uma concentração em frente às instalações do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) para exigir a revisão da carreira e melhores condições de trabalho.

Decretada pelo Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar (STEPH), a greve começou à meia-noite e termina às 24h, estando previstos os serviços mínimos. A concentração em frente às instalações do INEM, em Lisboa, está prevista para as 11h.

Além da revisão da carreira e melhores condições de trabalho, os técnicos de emergência pré-hospitalar exigem também salários dignos e abertura de concursos para fixar profissionais.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do sindicato, Rui Lázaro, explicou que os motivos são os que têm vindo a ser reivindicados pela estrutura sindical e que se mantêm sem resposta, “apesar da reunião de Julho onde foram assumidos compromissos” pela tutela.

“Continuamos sem data para iniciar o processo de revisão da carreira, o que tem trazido transtornos à emergência médica, e a nossa elevada taxa de abandono está manifestada no concurso que está a correr e cujos candidatos já estão a um quarto das vagas em aberto”, afirmou o responsável, acrescentando: “Isto prova por si só a fraca atractividade da carreira e a necessidade de revisão”.

Segundo o STEPH, o Acordo Colectivo de Carreira Especial, cujo processo negocial ficou concluído em 2018, está ainda por publicar passados três anos.

Além deste acordo colectivo, o sindicato aponta a perseguição de trabalhadores, a formação dos técnicos - “que deveria demorar seis meses e volvidos cinco anos continua por concluir” - e os equipamentos das ambulâncias.