Belenenses ousado goleado pelo Sporting na Taça

Resistência da equipa do Restelo, que acabou o jogo com 10 unidades, quebrada em definitivo no último quarto de hora.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

Um golo-relâmpago, de Tiago Tomás, ameaçava lançar sobre o Belenenses uma tempestade de futebol ofensivo, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Mas o Sporting teve de trabalhar mais do que se previa, apesar do que o resultado sugere (0-4), muito por mérito da organização (e coragem) de um adversário que, mesmo tendo ficado pelo caminho, mostrou qualidade para continuar a escalada na hierarquia do futebol português. 

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Um golo-relâmpago, de Tiago Tomás, ameaçava lançar sobre o Belenenses uma tempestade de futebol ofensivo, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Mas o Sporting teve de trabalhar mais do que se previa, apesar do que o resultado sugere (0-4), muito por mérito da organização (e coragem) de um adversário que, mesmo tendo ficado pelo caminho, mostrou qualidade para continuar a escalada na hierarquia do futebol português. 

O Sporting surgiu no Restelo com uma mão-cheia de novidades: João Virgínia na baliza, Ricardo Esgaio no trio de centrais, o jovem Gonçalo Esteves a lateral direito, Ugarte a estrear-se a titular e Pedro Gonçalves de regresso após lesão. E na primeira investida à baliza adversária inaugurou o marcador, na sequência de um cruzamento de Ruben Vinagre com finalização de Tiago Tomás (2’).

Os “leões” exploravam da melhor forma a largura e voltariam a colocar o Belenenses em apuros graças à mesma fórmula, atraindo para libertar no corredor contrário. De um lado e de outro, foram chovendo cruzamentos à procura de Jovane, Tiago Tomás ou Pedro Gonçalves.

Devidamente estruturado em 5x2x3, com dois médios mais posicionais que, em posse, procuravam constantemente a velocidade e verticalidade de Clé e David Brazão, o Belenenses foi mantendo a organização defensiva, mas quando procurava pressionar a saída de bola contrária sentia dificuldades. O Sporting, com passes verticais, quebrava com facilidade a primeira linha “azul”, Jovane baixava para o apoio e para atrair a marcação e os “leões” activavam diagonais rápidas no ataque à profundidade.

Numa delas, Pedro Gonçalves ficou frente a frente com o guarda-redes, perdendo o duelo com Marcelo Valverde (35’). Nove minutos depois, foi Tiago Tomás, também ele isolado, a permitir uma defesa tremenda do brasileiro que em 2011-12 representou o Nacional. 

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O intervalo chegou com 0-1 e com a eliminatória em aberto, motivo suficiente para o Belenenses elevar um pouco a fasquia do risco e ameaçar o adversário com duas incursões perigosas pela direita. O Sporting respondeu com mais um ataque à profundidade de Tomás e um livre directo de Pedro Gonçalves.

Perto da hora de jogo, começou o ritual das substituições — duas para cada lado —, que se traduziu em maior dinâmica com bola da parte dos anfitriões. Mas seria o Sporting a marcar novamente e outra vez por Tiago Tomás, que aproveitou um amortie de Feddal, após um canto, para encostar de cabeça para as redes, ao segundo poste (69’). 

Foi um golpe demasiado duro numa equipa que, nos derradeiros 15 minutos, mostrou uma intensidade mais condizente com o quarto escalão, no qual compete. As diferenças em campo tornaram-se mais evidentes e os erros individuais ajudaram a desequilibrar de vez a balança. Aos 77’,  Jovane fez o 0-3, na marcação de um penálti a castigar braço na bola após cruzamento de Nuno Santos; aos 81’, também de penálti, foi o próprio Nuno Santos a assinar o quarto golo.

Graças a esse lance, o Belenenses ficou reduzido a dez unidades, mas não abdicou de tentar o golo de honra, o que redundou em desequilíbrios e num convite aos ataques rápidos do Sporting, que teve mais um par de grandes ocasiões para continuar a somar golos. Mas o trabalho estava feito. E ambas as equipas terão recolhido aos balneários com o sentimento de dever cumprido.