As aves marinhas estão a ser encandeadas. Como podes ajudá-las?

A campanha Salve uma Ave Marinha, da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), procura “voluntários para as brigadas de patrulhamento que irão percorrer as ilhas de 28 de Outubro a 4 de Novembro”, em busca de aves encandeadas, num período descrito como o mais crítico, principalmente em noites de lua nova.

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PEDRO CUNHA/arquivo

A campanha Salve uma Ave Marinha, da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), quer pôr a população madeirense a recolher e identificar aves marinhas encandeadas. “Todos os anos, esta campanha salva cerca de 200 aves marinhas, maioritariamente juvenis, vítimas da poluição luminosa”, lê-se no comunicado, que lança ainda um apelo geral para que “reduzam a iluminação”.

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A campanha Salve uma Ave Marinha, da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), quer pôr a população madeirense a recolher e identificar aves marinhas encandeadas. “Todos os anos, esta campanha salva cerca de 200 aves marinhas, maioritariamente juvenis, vítimas da poluição luminosa”, lê-se no comunicado, que lança ainda um apelo geral para que “reduzam a iluminação”.

Para dar a conhecer a 12.ª edição da campanha, que arranca na sexta-feira e termina a 15 de Novembro, a sede da SPEA Madeira estará aberta ao público das 16h às 18h e facultará “um kit para salvar aves marinhas”.

“Nesta altura do ano, os juvenis de cagarra saem dos ninhos, e, por serem pouco experientes, são muitas vezes atraídos pelas luzes, ficando encandeados e acabando por colidir com edifícios, linhas eléctricas e veículos. Alguns acabam por cair no chão, podendo mesmo morrer devido aos ferimentos ou à incapacidade de voar”, explicou a SPEA.

A sede madeirense procura “voluntários para as brigadas de patrulhamento que irão percorrer as ilhas de 28 de Outubro a 4 de Novembro”, em busca de aves encandeadas, num período descrito como o mais crítico, principalmente em noites de lua nova. Para colaborar nestas brigadas, basta informar a SPEA da sua disponibilidade, e.

“Todos podemos minimizar o problema: em toda a ilha da Madeira e Porto Santo, os municípios, hotéis, campos de futebol e até casas particulares devem desligar o máximo de luzes durante a noite, de forma a minimizar o impacto nas aves marinhas. A longo prazo, a SPEA recomenda também que as fontes de luz prejudiciais sejam trocadas, ajustadas, para uma melhor eficácia energética, e, sempre que possível, desligadas”, informa o mesmo documento, enfatizando que “a costa sul da Madeira, por ser a mais habitada, é também a mais problemática, contabilizando mais quedas de aves marinhas”.

Segundo a mesma nota, se encontrar uma ave marinha encandeada “deve aproximar-se lentamente e pôr a ave numa caixa de cartão para posteriormente soltá-la à noite, à beira-mar, num sítio calmo e escuro”. Se o animal apresentar ferimentos deverá contactar o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, Região Autónoma da Madeira, através do 961957545 (09:00-17:30) ou a GNR - Comando Territorial da Madeira (disponível 24 horas) e registar a ocorrência junto da SPEA através telefone 967232195.