Mais uma reviravolta valeu o título à França

Campeões do mundo sucedem a Portugal como vencedores da Liga das Nações após triunfo por 1-2 sobre a Espanha.

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Mbappé marcou o golo da vitória francesa Reuters/ALBERTO LINGRIA

Nunca descartar um campeão do mundo. Essa tem sido uma lição recorrente nesta Liga das Nações que ficou mais uma vez demonstrada na final deste domingo em San Siro. Tal como acontecera nas meias-finais frente à Bélgica, a França partiu de trás e parecia condenada à derrota, mas encontrou força e inspiração para recuperar e triunfar por 1-2 na final da Liga das Nações, sucedendo assim a Portugal, vencedor da primeira edição do torneio. É o quinto grande título de selecções para os “bleus”, que já foram duas vezes campeões do Mundo (1998 e 2018) e duas vezes campeões da Europa (1984 e 2000).

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Nunca descartar um campeão do mundo. Essa tem sido uma lição recorrente nesta Liga das Nações que ficou mais uma vez demonstrada na final deste domingo em San Siro. Tal como acontecera nas meias-finais frente à Bélgica, a França partiu de trás e parecia condenada à derrota, mas encontrou força e inspiração para recuperar e triunfar por 1-2 na final da Liga das Nações, sucedendo assim a Portugal, vencedor da primeira edição do torneio. É o quinto grande título de selecções para os “bleus”, que já foram duas vezes campeões do Mundo (1998 e 2018) e duas vezes campeões da Europa (1984 e 2000).

Havia história futebolística entre Espanha e França. Era a segunda final em que as duas selecções se encontravam depois do Europeu de 1984, em que os golos de Platini e Bellone deram a vitória aos “bleus” em pleno Parque dos Príncipes. Desta vez, 37 anos depois, o palco era o Giuseppe Meazza, no bairro milanês de San Siro, e defrontavam-se duas selecções que já ganharam muitas competições internacionais – ambas bicampeãs europeias, a França com dois títulos mundiais e a Espanha com um – e ambas estavam em campo para acrescentar um título aos respectivos currículos.

Com o sportinguista Pablo Sarabia a titular (Porro ficou no banco e não saiu de lá), a formação orientada por Luis Enrique parecia estar sempre no controlo do jogo, enquanto os homens de Deschamps, mais uma vez, estavam longe de mostrarem credencias de campeão do mundo – já tinha acontecido o mesmo no jogo com a Bélgica nas meias-finais. Não houve grandes oportunidades de golo para nenhum dos lados, mas o jogo pendia para a “roja”.

Não houve golos na primeira parte e também não aconteceu grande coisa nos primeiros 15 minutos da segunda. O jogo aqueceu verdadeiramente aos 64’, quando Mikel Oyarzabal fez o 1-0 para a “roja”. Busquets, o sobrevivente de grandes selecções espanholas de um passado recente (que seria eleito o melhor jogador da final), teve espaço para manobrar e teve a visão de jogo para meter a bola na direcção do avançado da Real Sociedad. Oyarzabal recebeu, fugiu a Upamecano (que tinha entrado para o lugar do lesionado Varane) e, perante Lloris, fez o 1-0.

Foi preciso estar atrás no marcador para a França entrar verdadeiramente no jogo. Pouco mais de um minuto passou e Benzema já estava a fazer o 1-1. Pogba esticou o jogo com um passe longo para Mbappé que, por sua vez, a deixou em Benzema. Na esquina da área espanhola, o homem do Real Madrid ultrapassou Azpilicueta e, com o pé direito, atirou a contar. Unai Simón bem se esticou e ainda tocou na bola, mas esta estava condenada a entrar.

Tal como acontecera frente à Bélgica (em que venceu por 3-2 depois de estar a perder 0-2), esta França em modo reactivo estava disposta a causar mais estragos. E, aos 80’, Mbappé fez o 1-2, numa bola em profundidade em que o ainda jovem avançado do PSG fugiu a Eric Garcia antes de bater Simón. Ainda houve um pequeno compasso de espera para se perceber se Mbappé estava em fora de jogo, mas não estava.

A Espanha foi com tudo para cima da França nos últimos dez minutos (mais os cinco de compensação). Oyarzabal ainda teve uma bela oportunidade para fazer o empate aos 87’, mas Lloris não deixou, e, numa altura em que Simón já tinha subido à área francesa para tentar fazer a diferença, o guardião francês voltou a segurar a vantagem e o título para a França.