A corrida da Indonésia para preservar o habitat do gibão-prateado

Apesar de agora haver mais grupos deste primata, a espécie está classificada como ameaçada.

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WIL/JOF/FW1/Subhranshu Sahu/Reuters

Autoridades e investigadores indonésios estão a trabalhar para preservar uma pequena reserva florestal, na ilha densamente povoada de Java, como habitat do gibão-prateado, que dizem estar ameaçado pelas alterações climáticas e pela ocupação humana. O primata vive exclusivamente na Java central e na ocidental, onde desempenha um papel na regeneração da vegetação florestal ao contribuir para espalhar sementes.

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Autoridades e investigadores indonésios estão a trabalhar para preservar uma pequena reserva florestal, na ilha densamente povoada de Java, como habitat do gibão-prateado, que dizem estar ameaçado pelas alterações climáticas e pela ocupação humana. O primata vive exclusivamente na Java central e na ocidental, onde desempenha um papel na regeneração da vegetação florestal ao contribuir para espalhar sementes.

O grupo local de conservação SwaraOwa está a acompanhar uma população de cerca de 400 gibões que vive numa reserva de 73 quilómetros na floresta de Petungkriyono, no centro de Java. O investigador Arif Setiawan disse que cerca de 70 grupos são regularmente vistos na floresta, em comparação com cerca de 50 em 2012. O habitat, contudo, está em perigo. “A verdadeira ameaça agora é a integridade da própria floresta, devido ao número crescente de actividades humanas”, disse.

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Arif Setiawan, investigador de 41 anos, observa gibões-prateados em Pekalongan. Reuters

Estima-se que restem cerca de quatro mil gibões-prateados. O primata está classificado como ameaçado na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza.

A SwaraOwa e o Governo indonésio realizam todos os meses programas de divulgação junto da comunidade local e instalaram sinalização que proíbe a caça e o abate ilegal de árvores na floresta. Num dos projectos, trabalham com chefes de aldeias locais para plantar café à sombra da copa das árvores, uma prática que pode ser feita sem causar um forte impacto na floresta.

A SwaraOwa também realiza excursões na floresta para turistas, que incluem alojamento, centradas na sustentabilidade como meio de proporcionar fontes de rendimento alternativas para os habitantes locais que não prejudiquem o ambiente.

O mais difícil de abordar é a questão das alterações climáticas. “Ainda está a chover quando era suposto estarmos na estação seca e isso acabará por afectar a vegetação”, disse o guarda-florestal local Untoro Tri Kurniawan. “Em vez de estarmos na época da fruta, as folhas crescem. Assim, a flor que se deveria tornar fruto cairá e acabará por afectar os animais em Petungkriyono.”