Ventura admite que falhou objectivo de ser terceira força política

O líder do Chega admitiu que a “vitória não foi total” nas eleições autárquicas, ao falhar o objectivo de ser a terceira força política. Sobre se fará acordos nas autarquias para as quais elegeu vereadores, o líder do Chega garantiu que “não será muleta de ninguém”

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LUSA/PAULO NOVAIS

O líder do Chega admitiu que a “vitória não foi total" nas autárquicas de domingo, ao falhar o objectivo de ser a terceira força política, mas defendeu que se “fez história” em Portugal, recusando acordos de governação.

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O líder do Chega admitiu que a “vitória não foi total" nas autárquicas de domingo, ao falhar o objectivo de ser a terceira força política, mas defendeu que se “fez história” em Portugal, recusando acordos de governação.

Em Braga, onde escolheu passar a noite eleitoral, André Ventura dedicou grande parte do discurso a atacar o Bloco de Esquerda, partido que afirmou ter “esmagado”, lembrando que os bloquistas “no seu melhor tempo” tiveram 12 mandatos autárquicos e que o Chega conseguiu mais de 15 nas primeiras eleições autárquicas em que participou. 

“Queria ficar em terceiro lugar, não consegui, assumo essa responsabilidade, é o que eu chamaria uma vitória que não foi total, queríamos ficar em terceiro lugar”, admitiu.

Confrontado com o discurso de Fernando Medina assumindo a derrota em Lisboa, o líder do Chega mostrou estar satisfeito: “Estou muito feliz, quer dizer que há menos um socialista em Portugal a governar uma câmara municipal”, disse.

Sobre se fará acordos nas autarquias para as quais elegeu vereadores, o líder do Chega garantiu que “não será muleta de ninguém” e que se “não quiseram antes” o Chega “não o quer depois”. “Não haverá nenhum acordo autárquico entre PSD e Chega, não haverá nenhuma plataforma de entendimento enquanto isso não acontecer a nível nacional. Nós não estamos à venda”, afirmou.

“Eu sei que agora virá muita pressão sobre o Chega para, nas câmaras onde ficou com um lugar decisivo, fazer acordos de governação. Os acordos que faremos não serão com o partido A ou com o partido B, serão em prol da população, serão em prol de mais condições de segurança, serão em prol de proteger os portugueses de bem, de proteger os contribuintes, proteger quem trabalha”, assegurou.