O Sp. Braga cometeu um erro a mais em Belgrado

Único representante português na fase de grupos da Liga Europa surpreendido pelo Estrela Vermelha, após 15 minutos finais de grande alvoroço.

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EPA/ANDREJ CUKIC

Foi amarga a estreia europeia do Sp. Braga em 2021-22. Em Belgrado, os minhotos controlaram a partida durante largos minutos, mas cederam numa recta final electrizante e averbaram uma derrota (2-1) diante do Estrela Vermelha, na jornada inaugural do Grupo F da Liga Europa. Um resultado que deixa o único representante português na prova na última posição.

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Foi amarga a estreia europeia do Sp. Braga em 2021-22. Em Belgrado, os minhotos controlaram a partida durante largos minutos, mas cederam numa recta final electrizante e averbaram uma derrota (2-1) diante do Estrela Vermelha, na jornada inaugural do Grupo F da Liga Europa. Um resultado que deixa o único representante português na prova na última posição.

São agora 47 os jogos consecutivos que o emblema sérvio acumula sem perder, no seu reduto. A última derrota no Estádio Rajko Mitic remonta a 23 de Outubro de 2019, num embate com o eterno rival, o Partizan, e desde então ninguém foi capaz de desfeitear em casa o Estrela Vermelha. Em bom rigor, o Sp. Braga também não esteve perto de o conseguir, apesar do maior controlo do jogo e domínio das operações com bola.

Muitas vezes disposto em 4x1x4x1 sob a batuta de Dejan Stankovic, que assumiu o comando técnico da equipa em Dezembro de 2019 (tendo já conquistado dois campeonatos e uma Taça da Sérvia), o Estrela Vermelha surgiu nesta quinta-feira em campo com um duplo pivot, em 4x2x3x1. Com esta nuance, juntando Sanogo e Ivanic no corredor central, complicou o jogo interior do adversário e obrigou os portugueses a jogarem muitas vezes por fora. 

Acontece que as investidas de Fabiano, à direita, e Galeno, à esquerda, raramente foram suficientes para fazer oscilar o bloco (médio/baixo) contrário, que retirou permanentemente o espaço entre linhas de que se alimentam Ricardo Horta e Lucas Piazón. E nas raras vezes em que a equipa, em 3x4x2x1, conseguia ligar o jogo com um futebol mais associativo, não conseguia alcançar os útimos 20 metros e tentava a sorte com remates de meia distância.

Não estranha, pois, que tenha sido um ressalto a gerar a primeira grande oportunidade da partida, desaproveitada por Ricardo Horta aos 21’, após uma transição. Bem pior, ainda assim, esteve Piazón aos 45’, quando recebeu de Horta uma assistência de calcanhar e se isolou, atrapalhando-se inexplicavelmente no momento do remate.

O Sp. Braga, mesmo sem ser incisivo e clarividente no último terço, desperdiçava uma ocasião de ouro para chegar em vantagem ao intervalo. E quem sabe se o segundo tempo não teria sido diferente se o Estrela Vermelha tivesse sido obrigado a correr atrás do golo do empate.

O que aconteceu, na verdade, foi o oposto. Foram os minhotos a ter de minimizar o prejuízo quando o lateral Rodic cabeceou com precisão para o golo inaugural, na sequência de um canto, aos 75’. O Estrela Vermelha, mesmo sem acelerar ou criar muito, dava expressão a uma maior vontade de assumir o jogo e de desgastar o adversário com bola.

Forçado a reagir, o Sp. Braga fez o mais difícil. No minuto seguinte, na primeira abordagem à baliza contrária, empatou: Sanogo fez um passe errado em zona proibida, Galeno desenhou a diagonal e tirou, a régua e esquadro, as medidas do golo, com um pontapé de fora da área.

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Era tempo de cavalgar o impulso anímico e Carlos Carvalhal lançou, de uma assentada, Fábio Martins e André Horta, à procura da verticalidade e do critério com bola que fizessem ruir os alicerces sérvios. Mas quem tremeu foi Tormena, com uma abordagem disparatada na área, num lance com Ivanic, a valer um penálti aos anfitriões. Aleksandar Katai foi eficaz e, aos 85’, sentenciou a partida.

Graças ao empate no outro jogo do grupo, o Sp. Braga termina a primeira ronda em dificuldades, consciente de que não poderá repetir os erros no final do mês, diante do Midtjylland.