Estreia tranquila do FC Porto com João Mário em destaque

Com duas assistências do jovem portista, agora adaptado a defesa direito, os “dragões” derrotaram o Belenenses SAD, por 2-0, na 1.ª jornada da I Liga.

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EPA/MANUEL FERNANDO ARAUJO

Sem ter que carregar muito no acelerador, o FC Porto estreou-se neste domingo no campeonato com um triunfo inequívoco e tranquilo. Perante um Belenenses SAD inofensivo, os portistas dominaram por completo o adversário no Estádio do Dragão e o resultado final (2-0) acaba por ser escasso perante a supremacia dos “dragões”.

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Sem ter que carregar muito no acelerador, o FC Porto estreou-se neste domingo no campeonato com um triunfo inequívoco e tranquilo. Perante um Belenenses SAD inofensivo, os portistas dominaram por completo o adversário no Estádio do Dragão e o resultado final (2-0) acaba por ser escasso perante a supremacia dos “dragões”.

Num jogo em que Toni Martínez e Luis Díaz fizeram os golos, o destaque vai para João Mário: após uma boa pré-época na posição de defesa direito, o jovem portista foi titular e terminou a partida com duas assistências de qualidade.

Habitualmente conservador e pouco disponível para grandes mudanças tácticas, Sérgio Conceição iniciou a época 2021/22 com o desenho táctico que privilegia (4x4x2), mas com uma novidade enquanto treinador do FC Porto: pela primeira vez, o técnico portista colocou um “reforço” no primeiro “onze” da época.

O privilégio, no entanto, foi dado a um “homem da casa”. Formado no clube, mas dispensado por Conceição em 2019/20, Bruno Costa regressou ao FC Porto depois de passagens bem-sucedidas pelo Portimonense e pelo Paços de Ferreira, e, com a lesão de Grujic e alguns problemas físicos de Uribe, jogou ao lado de Sérgio Oliveira no centro do meio campo.

No resto da equipa, a boa pré-época de Diogo Costa e João Mário valeram aos dois jovens a oportunidade de começarem a I Liga como titulares – Manafá foi suplente -, enquanto no ataque, com Corona ainda a recuperar da participação na Gold Cup, as alas foram entregues a Otávio e Díaz, cabendo a Taremi e Martínez a missão de jogarem próximos dos centrais adversários.

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Já com um mau resultado nesta época no currículo – eliminação da Taça da Liga pelo Mafra -, o Belenenses SAD jogou no Dragão com cautelas defensivas, mas no 5x3x2 de Petit havia lugar para dois jogadores de características bem ofensivas (Cassierra e Ndour). A estratégia, no entanto, não resultou.

Com pouca capacidade para esticar a equipa, o Belenenses SAD, por mérito do FC Porto, foi constantemente empurrado para o seu meio-campo e, com naturalidade, o perigo começou a rondar a baliza de Luiz Felipe e, após ameaças de Martínez e de Díaz, foi mesmo o avançado espanhol o primeiro a marcar.

Aos 19’, João Mário colocou a bola à entrada da área, com alguma ingenuidade dos centrais do Belenenses SAD que se preocuparam com uma diagonal de Sérgio Oliveira, deixando Toni Martínez na cara do guarda-redes adversário. Com qualidade e de pé esquerdo, o “29” dos “dragões” aproveitou a benesse para fazer o 1-0.

A vantagem acabou por não fazer bem aos portistas. Depois de uma metade inicial da primeira parte de qualidade, o FC Porto baixou o ritmo após marcar o primeiro golo, permitindo que o Belenenses SAD conseguisse subir ligeiramente no terreno, sem, no entanto, interromper a tarde tranquila de Diogo Costa.

Sem qualquer substituição ao intervalo, a segunda parte começou com uma grande penalidade assinalada pelo árbitro, revertida após Gustavo Correia consultar as imagens e considerar que Díaz simulou a falta. O jogo, no entanto, manteve-se igual.

Sem que o Belenenses SAD mostrasse capacidade para beliscar o domínio do FC Porto, a bola continuou a circular quase sempre perto da baliza de Luiz Felipe e, de forma natural, o segundo golo dos “dragões” surgiu aos 66’. Com João Mário a fazer lembrar Alex Telles - o brasileiro durante várias épocas assumiu-se como melhor assistente dos portistas -, a bola foi cruzada de forma perfeita pelo novo lateral direito dos “azuis e brancos” e Díaz, no segundo poste, desviou de cabeça para o fundo da baliza.

Com dois golos de diferença, o FC Porto conseguia uma margem de segurança que deu conforto aos “dragões” para gerirem os últimos minutos sem qualquer sobressalto, perante um Belenenses SAD que deixou uma imagem demasiado débil.