Wiriyamu e a guerra colonial de Portugal

Quantos outros Wiriyamus continuam a esconder-se nos arquivos de operações do Exército colonial? Podemos facilmente descobrir. Tudo o que é necessário é uma comissão de verdade e reconciliação. Já estaremos prontos para que uma comissão desse tipo escave as vozes por trás dos números silenciosos? Acredito que estamos.

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ANTONIO SILVA/Lusa

Eu era um jovem quando Wiriyamu chegou às capas dos jornais a 10 de Julho de 1973. Aos 22 anos, com um passaporte português sem apelido, eu tinha chegado a Londres a 16 de Agosto de 1972, pobre e sabendo falar pouco inglês, talvez até mais pobre do que Salazar quando este deixara o Vimieiro para ir para Coimbra no início do século XX. Mas eu estava determinado a ter sucesso. O meu objectivo era a Universidade de Oxford, o dele era sufocar Portugal com burocracia e terror!

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Eu era um jovem quando Wiriyamu chegou às capas dos jornais a 10 de Julho de 1973. Aos 22 anos, com um passaporte português sem apelido, eu tinha chegado a Londres a 16 de Agosto de 1972, pobre e sabendo falar pouco inglês, talvez até mais pobre do que Salazar quando este deixara o Vimieiro para ir para Coimbra no início do século XX. Mas eu estava determinado a ter sucesso. O meu objectivo era a Universidade de Oxford, o dele era sufocar Portugal com burocracia e terror!