Como o ex-ministro Mário Lino enganou (ou não) o autarca Basílio Horta

Aqui se conta como a palavra de Mário Lino, não-cumprida, levou Basílio Horta a abdicar do direito de preferência do município na compra de um imóvel histórico, propiciando um belo negócio à empresa representada pelo ex-ministro. O autarca não se sente enganado. Diz que uma pessoa só é enganada pelos amigos.

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Laura Haanpaa

A Câmara de Sintra abdicou, em 2016, do direito de preferência que lhe permitia comprar o edifício onde funcionou o Hospital da Misericórdia, mesmo em frente ao Palácio da vila, porque Mário Lino, antigo ministro de José Sócrates, garantiu ao seu presidente, Basílio Horta, que a empresa que representava o ia transformar em hotel. O negócio com essa empresa foi assim viabilizado por 1,175 milhões de euros, dias depois de os serviços camarários terem avaliado em 1,400 milhões o imóvel que cinco anos antes custara 4,95 milhões de euros à empresa pública que o vendeu.

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A Câmara de Sintra abdicou, em 2016, do direito de preferência que lhe permitia comprar o edifício onde funcionou o Hospital da Misericórdia, mesmo em frente ao Palácio da vila, porque Mário Lino, antigo ministro de José Sócrates, garantiu ao seu presidente, Basílio Horta, que a empresa que representava o ia transformar em hotel. O negócio com essa empresa foi assim viabilizado por 1,175 milhões de euros, dias depois de os serviços camarários terem avaliado em 1,400 milhões o imóvel que cinco anos antes custara 4,95 milhões de euros à empresa pública que o vendeu.