Preço da electricidade sobe em Julho para famílias no mercado regulado

Aumento traduz-se numa subida de 1,05 euros na factura média de um casal sem filhos e de 2,86 euros para o consumo de um casal com dois filhos.

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Denis Balibouse

As tarifas da electricidade vão subir a partir de 1 de Julho para os clientes domésticos em mercado regulado, reflectindo a subida dos preços da energia nos mercados grossistas, anunciou esta segunda-feira o regulador.

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As tarifas da electricidade vão subir a partir de 1 de Julho para os clientes domésticos em mercado regulado, reflectindo a subida dos preços da energia nos mercados grossistas, anunciou esta segunda-feira o regulador.

De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “o impacte estimado da actualização da tarifa de energia para os consumidores do mercado regulado é de 3%, em relação aos preços em vigor, no total da factura de electricidade (com IVA)”, o que se traduz num aumento de cerca de 1,05 euros na factura média de um casal sem filhos (com potência contratada de 3,45 kVA) e de 2,86 euros para o consumo de um casal com dois filhos (potência de 6,9 kVA).

Em comunicado, a ERSE adianta que, “atendendo à redução de -0,6% ocorrida em Janeiro, com esta actualização, a variação tarifária média anual entre 2021 e 2020 será cerca de 0,9%”.

Esta revisão das tarifas tem como objectivo adequar a tarifa de energia aplicada aos clientes do mercado regulado à evolução dos preços dos mercados grossistas, que tem vindo a subir, evitando “desvio a recuperar em anos subsequentes”.

Este mecanismo foi aplicado pela primeira vez em 2020, no sentido oposto, de descida.

Neste contexto, o regulador actualizou a tarifa de energia - uma das componentes da factura eléctrica - com um aumento de cinco euros/MWh.

A nova tarifa de energia produz efeitos a partir de 01 de Julho de 2021 e abrange os consumidores no mercado regulado, que correspondem a cerca de 5% do consumo total e de 954 mil clientes, em Fevereiro de 2021, uma vez que a maioria já tem um comercializador de mercado livre.

A ERSE explica ainda que “esta alteração não condiciona o mercado livre a repercutir a mesma actualização de preços, já que cada comercializador segue a sua própria estratégia de aprovisionamento de electricidade e procura oferecer as melhores condições comerciais em ambiente concorrencial”. Por outro lado, continua, “mesmo após a revisão em alta das condições de preço para novos contratos de fornecimento de electricidade, já ocorridas em muitos comercializadores desde o início do ano devido à subida dos preços no MIBEL, subsistem várias ofertas melhor posicionadas que o mercado regulado”.