Sem ironia, podemos dizer que Portugal caminha da mesma forma que uma galinha voa: um salto, uma queda, outro salto, outro trambolhão e volta sempre tudo ao princípio. As crises transformam-se em momentos de euforia e estes em crises mais ou menos profundas. As últimas centenas de anos mostram como esta galinha levanta voo, sempre baixinho e, depois, espalha-se no chão. Sem nada de fundamental mudar. Portugal é uma galinha cacarejante com asas pequenas. Um país de pequenos interesses, de pequenos clubes, de pequena economia, de pequena política, de pequenas ideias. As crises sucedem-se e continuamos sem um projecto de país. Cada tempo tem o seu Dom Sebastião: a pimenta, o ouro do Brasil, os fundos europeus, a bazuca, o turismo. E, claro, os empréstimos externos e a austeridade. E homens ditos providenciais.
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Sem ironia, podemos dizer que Portugal caminha da mesma forma que uma galinha voa: um salto, uma queda, outro salto, outro trambolhão e volta sempre tudo ao princípio. As crises transformam-se em momentos de euforia e estes em crises mais ou menos profundas. As últimas centenas de anos mostram como esta galinha levanta voo, sempre baixinho e, depois, espalha-se no chão. Sem nada de fundamental mudar. Portugal é uma galinha cacarejante com asas pequenas. Um país de pequenos interesses, de pequenos clubes, de pequena economia, de pequena política, de pequenas ideias. As crises sucedem-se e continuamos sem um projecto de país. Cada tempo tem o seu Dom Sebastião: a pimenta, o ouro do Brasil, os fundos europeus, a bazuca, o turismo. E, claro, os empréstimos externos e a austeridade. E homens ditos providenciais.