Menos banco, mais fomento

Não podemos ter um banco de fomento travestido de banco de investimento puro e duro, em que a prossecução das políticas públicas se torna escrava da matriz de risco convencional da banca.

Em 2016, o então governo herdou o embrião do Banco Português de Fomento (BPF), o denominado IFD, que não passava de um grossista financeiro, não tendo autorização para (quase) nada. Cedo foi perceptível que a banca comercial encarou essa entidade como ameaça e mexeu os cordelinhos, reduzindo até onde era possível as ambições de Pires de Lima, que, afinal, não passaram de proclamações. O que foi apresentado como um banco de fomento acabou por se transformar numa pálida ideia do que devia ser uma entidade com competências para prosseguir políticas públicas para o desenvolvimento e a coesão do país com 100 milhões de euros parqueados sem grande utilidade.

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Em 2016, o então governo herdou o embrião do Banco Português de Fomento (BPF), o denominado IFD, que não passava de um grossista financeiro, não tendo autorização para (quase) nada. Cedo foi perceptível que a banca comercial encarou essa entidade como ameaça e mexeu os cordelinhos, reduzindo até onde era possível as ambições de Pires de Lima, que, afinal, não passaram de proclamações. O que foi apresentado como um banco de fomento acabou por se transformar numa pálida ideia do que devia ser uma entidade com competências para prosseguir políticas públicas para o desenvolvimento e a coesão do país com 100 milhões de euros parqueados sem grande utilidade.