Fokina é espanhol, gosta de maratonas, e está a destacar-se em Roland Garros

Só resta uma jogadora do top-5 feminino do torneio francês.

Foto
Fokina LUSA/YOAN VALAT

Falar do Torneio de Roland Garros é falar de Rafael Nadal, detentor de 13 Taças dos Mosqueteiros. E também do ténis espanhol, que já conquistou outros nove títulos nos torneios individuais, masculino e feminino, nos últimos 25 anos. Este ano, há outro nome que começa a ser falado, Carlos Alcaraz, que aos 18 anos, mostra argumentos que Nadal não apresentava nessa idade. Mas há ainda outro jovem espanhol que passa despercebido, talvez devido ao apelido de leste: Alejandro Davidovich Fokina. O tenista que completa 22 anos este sábado chegou a Paris tendo como melhor resultado a presença nas meias-finais do Millennium Estoril Open, mas depois de duas “maratonas de cinco sets”, vai estrear-se nos oitavos-de-final de Roland Garros. O segredo está no trabalho físico com Martin Fiz, campeão do mundo da maratona em 1995.

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Falar do Torneio de Roland Garros é falar de Rafael Nadal, detentor de 13 Taças dos Mosqueteiros. E também do ténis espanhol, que já conquistou outros nove títulos nos torneios individuais, masculino e feminino, nos últimos 25 anos. Este ano, há outro nome que começa a ser falado, Carlos Alcaraz, que aos 18 anos, mostra argumentos que Nadal não apresentava nessa idade. Mas há ainda outro jovem espanhol que passa despercebido, talvez devido ao apelido de leste: Alejandro Davidovich Fokina. O tenista que completa 22 anos este sábado chegou a Paris tendo como melhor resultado a presença nas meias-finais do Millennium Estoril Open, mas depois de duas “maratonas de cinco sets”, vai estrear-se nos oitavos-de-final de Roland Garros. O segredo está no trabalho físico com Martin Fiz, campeão do mundo da maratona em 1995.

“Além do trabalho físico que fizemos na pré-temporada, ele também me envia mensagens de motivação”, contou Davidovich Fokina, depois de eliminar o norueguês Casper Ruud (16.º), que há duas semanas tinha conquistado o título no ATP 250 de Genebra e chegara às meias-finais nos Masters 1000 de Monte Carlo e Madrid.

O primeiro set durou quase hora e meia, o terceiro foi interrompido pela chuva a 6-6 e o último jogo levou 16 minutos, no qual Davidovich Fokina salvou quatro break-points, um dos quais a servir “por baixo”, antes de concretizar o quarto match-point: 7-6 (7/3), 2-6, 7-6 (8/6), 0-6 e 7-5, ao fim de quatro horas e 35 minutos – o mais longo encontro nesta edição.

“Foki”, como é conhecido, é capaz de fazer pontos espectaculares, com destaque especial para o amortie, e tem uma entrega física total ao jogo, para além de um espírito lutador, que diz ter herdado do pai, Eduard Mark Davidovich, antigo pugilista.

O espanhol, que se estreou nos oitavos-de-final de um Grand Slam há menos de um ano, no Open dos EUA, vai medir forças com o argentino Federico Delbonis (51.º), que eliminou Fabio Fognini (29.º) e lidera com Stefanos Tsitsipas a lista de jogadores com mais vitórias em terra batida em 2021: 19 – Davidovich Fokina já leva 18.

Após ganhar dois encontros consecutivos em cinco sets e quatro horas de jogo cada um, Kei Nishikori beneficiou da desistência de Henri Laaksonen (150.º), e vai agora ser um sério teste às pretensões de Alexander Zverev (6.º).

O número dois no ranking, Daniil Medvedev (2.º) esteve melhor que o temível servidor com mais de 2m de altura, Reilly Opelka (35.º), e após vencer sem ceder qualquer set, vai medir forças com Cristian Garin (23.º). O discreto Pablo Carreño Busta (12.º) também avançou para a quarta ronda, onde esperava o vencedor da sessão nocturna, protagonizada por Stefanos Tsitsipas (5.º) e outro “gigante”, John Isner (34.º).

No torneio feminino, resta apenas Sofia Kenin (5.ª) do top-5 do ranking mundial, depois da eliminação de mais uma das pré-candidatas, Aryna Sabalenka que chegou a Paris no quarto lugar do ranking, depois de conquistar o título no Masters 1000 de Madrid (derrotou a número um Ashleigh Barty na final) e finalista em Estugarda. Mas a bielorrussa deparou-se com a veterana Anastasia Pavlyuchenkova, quarto-finalista em Roland Garros em 2011.

A russa de 29 anos fez jus à fama de tomba-gigantes e esteve muito sólida no set decisivo – enquanto Sabalenka somava 17 erros não forçados (de um total de 39) –, para vencer, por 6-4, 2-6 e 6-0, e somar a 37.ª vitória sobre uma top-10. Segue-se a ex-número um mundial, Victoria Azarenka.

Serena Williams (8.ª) venceu o duelo norte-americano com Danielle Collins (50.ª), com um duplo 6-4, e vai defrontar uma adversária 18 anos mais nova, Elena Rybakina (22.ª), que que só cedeu ainda 14 jogos em três rondas.

Outra veterana, Sorana Cirstea (54.ª) vai tentar repetir a presença nos quartos-de-final de 2009, mas terá que ultrapassar a estreante em quartas rondas do Grand Slam, Tamara Zidansek (85.ª). No outro “quarto”, Marketa Vondrousova (21.ª), finalista em 2019, terá pela frente a espanhola Paula Badosa (35.ª).