Covid-19: Autarca de Portimão constituída arguida por vacinação indevida

“Estou muito tranquila, aguardo pelo desfecho do processo e as explicações que tinha dado já dei”, diz autarca

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LUÍS FORRA

A presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, foi constituída arguida por vacinação indevida contra a covid-19, avançou a TVI e confirmou o PÚBLICO. “Estou muito tranquila, aguardo pelo desfecho do processo e as explicações que tinha de dar já dei”, disse a autarca ao PÚBLICO, sem querer prestar mais declarações sobre o assunto.

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A presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, foi constituída arguida por vacinação indevida contra a covid-19, avançou a TVI e confirmou o PÚBLICO. “Estou muito tranquila, aguardo pelo desfecho do processo e as explicações que tinha de dar já dei”, disse a autarca ao PÚBLICO, sem querer prestar mais declarações sobre o assunto.

Isilda Gomes foi uma das pessoas, não profissional de saúde, a ter direito, com carácter prioritário, à vacina contra a covid-19. “A presidente não se vacinou, vacinou-se a voluntária”, afirmou em Fevereiro a autarca que na altura prestava serviço de apoio social no hospital de campanha instalado no pavilhão Arena. No seu entender, a função que desempenhava surgia na sequência de outras actividades semelhantes, que tem desempenhado na área do apoio social.

Quando abriu o pavilhão Arena, no dia 10 de Janeiro, “toda a gente [que trabalha naquele hospital de campanha] tinha de ser vacinada”, acrescentou a autarca na altura. Porque não foram vacinados os outros voluntários? “Naquela altura, eu era a única voluntária”, justificou. Na próxima leva, adiantou, “serão vacinados mais dois voluntários”, entre os quais o seu principal colaborador no Serviço Municipal de Protecção Civil, Filipe Bernardo. Isilda Gomes recebeu a primeira dose da vacina na sexta-feira, dia 8 de Janeiro, e a segunda foi-lhe ministrada em Fevereiro.

Também em Fevereiro, na mesma cidade, metade dos dirigentes de um lar de idosos de decidiram vacinar-se, alegando que o plano de vacinação “não exclui funcionários administrativos, nem corpos gerentes”, e os que foram vacinados, disseram, tinham “uma ligação directa com os utentes”. Com Pedro Sales Dias