Se Rui Rio fosse primeiro-ministro, Cabrita “não teria condições para estar no Governo”

Depois do Chega, da Iniciativa Liberal, do CDS e até do autarca socialista da Junta de Freguesia de São Teotónio, também Rui Rio pede contas a Eduardo Cabrita, sem exigir demissão.

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Rui Rio, líder do PSD LUSA/RODRIGO ANTUNES

A direita está unida e unânime na avaliação que faz de Eduardo Cabrita. Chega, Iniciativa Liberal e CDS já tinham pedido, em momentos diferentes, a demissão do ministro da Administração Interna, mas agora veio também o líder do PSD, Rui Rio, dizer que se fosse primeiro-ministro, Eduardo Cabrita “não tinha condições para estar no Governo”.

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A direita está unida e unânime na avaliação que faz de Eduardo Cabrita. Chega, Iniciativa Liberal e CDS já tinham pedido, em momentos diferentes, a demissão do ministro da Administração Interna, mas agora veio também o líder do PSD, Rui Rio, dizer que se fosse primeiro-ministro, Eduardo Cabrita “não tinha condições para estar no Governo”.

“Eu não tenho de pedir demissões de ministros porque isso é o primeiro-ministro que deve decidir. O máximo que posso dizer é que (...) o ministro Eduardo Cabrita, se eu fosse primeiro-ministro, não tinha condições para estar no Governo, mas não é só exclusivamente por causa de Odemira, é por todo o seu desempenho”, disse o social-democrata, à margem da sua participação no primeiro fórum do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do Porto.

Para Rui Rio, “o ministro [da Administração Interna] Cabrita tem um desempenho muito fraco” e não é o único. Também o ministério da Justiça e o do Trabalho tinham a obrigação, na opinião do líder do PSD, “de estar a par e a tratar do caso”.

“A Polícia Judiciária, segundo as notícias que vieram a público, anda a investigar há mais de dois anos. Se demora dois anos a investigar o que está à vista de todos, não sei para que serve a investigação a não ser para se dizer que se está a fazer”, questionou Rio.

Esta manhã, o líder do CDS enviou uma mensagem à comunicação social a pedir a demissão do ministro da Administração Interna. Juntou a sua voz às dos líderes do Chega e da Iniciativa Liberal, mas com um motivo adicional: a suspensão da requisição ao Zmar que foi decretada pelo Governo e defendida por Eduardo Cabrita. Entretanto, o presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio, do PS, também exigiu a saída do ministro. Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou ainda para pedir uma audiência ao Presidente da República. Cabrita reagiu: “Coitado do CDS, é um partido náufrago.”