Confiança das famílias próxima dos níveis pré-pandemia

Em Abril, os consumidores e empresas mostraram-se mais confiantes com o abrandamento dos impactos da crise de saúde pública, refere o INE.

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Consumidores estão optimistas "quanto às possibilidades futuras de realização de compras importantes" Paulo Pimenta

Em Abril, o indicador de confiança dos consumidores “aumentou significativamente”, à semelhança do que se tinha verificado em Março, e aproximou-se do nível em que estava no início da pandemia – Março de 2020.

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Em Abril, o indicador de confiança dos consumidores “aumentou significativamente”, à semelhança do que se tinha verificado em Março, e aproximou-se do nível em que estava no início da pandemia – Março de 2020.

De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “o indicador de clima económico aumentou de forma expressiva” em Março e Abril, “superando ligeiramente o nível” em que se encontrava no começo da crise de saúde pública.

No mês passado, os indicadores de confiança aumentaram na Indústria Transformadora, na Construção e Obras Públicas, no Comércio e nos Serviços.

Esta melhoria dos indicadores de confiança e de clima económico ocorreu “num contexto de abrandamento significativo” dos impactos da pandemia, salienta o INE.

A evolução da confiança das famílias no último mês “resultou sobretudo do contributo positivo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país”.

Há também maior optimismo quanto às possibilidades futuras de realização de compras importantes e da situação financeira do agregado familiar.

As “perspectivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar [melhoraram] nos últimos três meses, depois da estabilização registada em Janeiro”, realça o INE.

Na indústria transformadora, o aumento da confiança entre Fevereiro e Abril “deveu-se ao contributo positivo das expectativas de produção e opiniões sobre a evolução da procura global, mais intenso no último caso”, embora as “apreciações relativas aos stocks de produtos acabados” tenham contribuído negativamente.

O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas “aumentou em Abril, depois de ter estabilizado em Março, atingindo o máximo desde Março de 2020”.

A recuperação do último mês beneficiou das apreciações positivas sobre “a carteira de encomendas e perspectivas de emprego”, registando-se subidas do indicador nas três divisões: Promoção Imobiliária e Construção de Edifícios, Engenharia Civil, e Actividades Especializadas de Construção, “de forma mais expressiva no primeiro caso”.

No Comércio, a subida do indicador “resultou do contributo positivo das apreciações sobre o volume de stocks, das perspectivas de actividade da empresa nos próximos três meses e, de forma mais intensa, das opiniões sobre o volume de vendas”.

Quanto ao sector dos Serviços, melhoraram as perspectivas “relativas à evolução da procura, apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas e apreciações sobre a actividade da empresa”, em particular no primeiro caso.

Os indicadores de confiança aumentaram em sete das oito secções dos Serviços, destacando-se as secções de Actividades imobiliárias, de Actividades artísticas, de espectáculo, desportivas e recreativas e de Actividades de informação e de comunicação, realça o INE.