A festa do Bayern tem de esperar

A derrota frente ao Mainz impede a formação de Hansi Flick de conquistar o 31.º campeonato da sua história, notícia que poderá chegar neste domingo, assim queira o RB Leipzig – um tropeção da equipa da Alemanha Oriental frente ao Estugarda permitirá ao Bayern fazer a festa no sofá.

Foto
Reuters/KAI PFAFFENBACH

O Bayern de Munique estava a três pontos e 90 minutos de tocar a sua “9.ª sinfonia” na Bundesliga. Vencendo o Mainz – missão que parecia acessível, frente a um adversário afundado na tabela –, os bávaros conquistariam a Liga alemã pela nona temporada consecutiva, provando que esta competição, quando nasce, não é para todos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Bayern de Munique estava a três pontos e 90 minutos de tocar a sua “9.ª sinfonia” na Bundesliga. Vencendo o Mainz – missão que parecia acessível, frente a um adversário afundado na tabela –, os bávaros conquistariam a Liga alemã pela nona temporada consecutiva, provando que esta competição, quando nasce, não é para todos.

A sina dificilmente não se confirmará em breve, mas o Bayern tem de esperar pelo menos mais umas horas.

A derrota (2-1) frente ao Mainz, neste sábado, impede a formação de Hansi Flick de conquistar o 31.º campeonato da sua história, notícia que poderá chegar neste domingo, assim queira o RB Leipzig – uma derrota da equipa da Alemanha Oriental, frente ao Estugarda, permitirá ao Bayern fazer a festa no sofá.

Se o Leipzig não colaborar, então a festa do Bayern já só poderá acontecer daqui a duas semanas (o campeonato pára entretanto), em casa, frente ao Borussia Mönchengladbach.

Primeira parte só deu Mainz

Neste sábado, o cenário estava todo montado: jogo acessível frente a uma equipa em dificuldades na tabela, Joshua Kimmich, o “patrão” da equipa, de regresso ao “onze”, e o melhor jogador do mundo, Robert Lewandowski, também de volta à equipa de Munique.

Neste contexto, nem o mais optimista inimigo do Bayern esperava que não houvesse dança e cerveja bávara no final dos 90 minutos. Mas não houve.

O Mainz interrompeu a festa do Bayern e fê-lo de rompante. Um golo aos 3’ (Burkardt, num “frango” de Neuer), uma bola ao poste aos 10’, uma grande oportunidade aos 16’, outra bola ao poste aos 18’ e novo golo aos 37’ (Quaison).

Em 45 minutos de futebol, o Mainz, afundado na luta pela permanência, aplicava um 2-0 ao Bayern de Munique, equipa prestes a ser campeã alemã. E poderiam ter sido mais, por parte de uma equipa que mudou de treinador em Janeiro, entregando a equipa a Bo Svensson, de 41 anos. Nos últimos sete jogos não perdeu e venceu cinco deles.

Na segunda parte, a reviravolta, que teria de ser épica, não aconteceu. O Bayern continuou a dominar territorialmente a partida – algo que já tinha feito na primeira parte, apesar dos golos sofridos –, mas houve demasiada inércia e sonolência para quem queria ser campeão.

Sorriu o Mainz, que ainda sofreu um golo de Lewandowski nos “descontos”, mas ganhou fôlego na luta pela permanência. Está cinco pontos acima do Colónia, com dois jogos a menos.

Haaland a dobrar

Neste sábado houve ainda duelo europeu. O Wolfsburgo, terceiro classificado, recebeu o Borussia Dortmund, quinto, e perdeu por 2-0. Cortesia de Erling Haaland, que bisou e chegou aos 25 golos em 26 jogos na Bundesliga (37 em 38 jogos em todas as provas).

Na luta pela Bota de Ouro, destinada ao melhor marcador dos campeonatos europeus, o norueguês ultrapassou André Silva (24 golos), que ainda jogará neste sábado, frente ao Bayer Lerverkusen.

Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, com 25 golos, seguem logo a seguir, ambos atrás de Robert Lewandowski, cujos 36 golos dificilmente não serão suficientes para conquistar a Bota de Ouro.