Alunos de Medicina vacinaram contra a febre tifóide em 1967. “Agora, começava-se logo a pensar que era usurpação de funções”

Dois médicos recordam como foi a experiência que se seguiu às cheias em Lisboa, em 1967, a propósito da necessidade, actual, de se encontrar uma solução para cumprir os objectivos de vacinação contra a covid-19.

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Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa

Jorge Horta e José Pratas nunca tinham vacinado alguém. Afinal, eram estudantes de Medicina e isso de seringas, injecções e vacinas era serviço de enfermagem. Mas em Novembro de 1967, de um momento para o outro, viram-se a vacinar centenas de pessoas, umas atrás das outras, durante algumas semanas, para tentar travar o aparecimento de algum surto de febre tifóide, após as inundações que devastaram a grande área de Lisboa e mataram centenas de moradores dos bairros pobres. Agora que o país se vê a braços com uma campanha de vacinação para a qual parecem faltar meios, recordam os dias em que os estudantes lançaram mãos à obra.

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Jorge Horta e José Pratas nunca tinham vacinado alguém. Afinal, eram estudantes de Medicina e isso de seringas, injecções e vacinas era serviço de enfermagem. Mas em Novembro de 1967, de um momento para o outro, viram-se a vacinar centenas de pessoas, umas atrás das outras, durante algumas semanas, para tentar travar o aparecimento de algum surto de febre tifóide, após as inundações que devastaram a grande área de Lisboa e mataram centenas de moradores dos bairros pobres. Agora que o país se vê a braços com uma campanha de vacinação para a qual parecem faltar meios, recordam os dias em que os estudantes lançaram mãos à obra.