Lucros da REN caíram 8,1% em 2020 para 109,2 milhões

A REN já pagou 180 milhões de euros da contribuição extraordinária da energia, desde que esta foi criada, em 2014.

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Rodrigo Costa, presidente e CEO da REN Miguel Manso

A REN - Redes Energéticas Nacionais registou, no ano passado, lucros de 109,2 milhões de euros, uma redução de 8,1% face a 2019, adiantou a empresa nesta quinta-feira, em comunicado.

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A REN - Redes Energéticas Nacionais registou, no ano passado, lucros de 109,2 milhões de euros, uma redução de 8,1% face a 2019, adiantou a empresa nesta quinta-feira, em comunicado.

O grupo salientou que esta queda aconteceu, “apesar da melhoria dos resultados financeiros, que baixaram 5,7 milhões de euros para -46,8 milhões de euros, principalmente devido a um menor custo da dívida (redução de 2,1% para 1,8%)”.

A dívida líquida também recuou 3%, para 2741 milhões de euros, de acordo com a mesma nota.

“A REN continuou a ser penalizada pela CESE [Contribuição Extraordinária do Sector Energético], que desde 2020 também se aplica à Portgás, e que registou um aumento de 3,7 milhões de euros, totalizando 28,1 milhões de euros”, disse o grupo.

“A taxa efectiva de imposto situou-se nos 40%, um valor semelhante ao de 2019. Desde o seu início, o peso da CESE nas contas da REN já ascende a 180 milhões de euros”, acrescenta a empresa liderada por Rodrigo Costa.

Por sua vez, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) baixou 3,3%, para 470,2 milhões de euros, indicou a REN, salientando que “para este resultado contribuíram a menor remuneração dos activos (-23,8 milhões de euros devido à descida das taxas da dívida soberana e aos novos parâmetros no quadro regulatório do gás) e uma menor contribuição do Opex  [despesas operacionais]”.

Ainda assim, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi “positivamente influenciado pelo negócio internacional, nomeadamente pela consolidação da Transemel no Chile”, lê-se na mesma nota.