Percentagem de mulheres sobe de 12 para 13 nas Forças Armadas

Há um ano, foi criado um gabinete para desconstruir imagem tradicionalmente masculina da Defesa.

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João Gomes Cravinho, ministro da Defesa Nacional Nuno Ferreira Santos

O número de mulheres no efectivo das Forças Armadas subiu de 12% para 13% em 2020, uma percentagem que o Governo ainda quer aumentar, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Defesa Nacional, no Dia Internacional da Mulher.

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O número de mulheres no efectivo das Forças Armadas subiu de 12% para 13% em 2020, uma percentagem que o Governo ainda quer aumentar, afirmou nesta segunda-feira o ministro da Defesa Nacional, no Dia Internacional da Mulher.

Os números foram anunciados pelo ministro João Gomes Cravinho numa mensagem no portal da Defesa Nacional e em que promete “combater as barreiras à participação plena das mulheres” nas Forças Armadas.

Hoje, as mulheres representam 40% dos dirigentes civis”, disse, na mensagem, assinalando que, passados 30 anos sobre a abertura das fileiras militares às mulheres, e há duas mulheres generais e “muitas são “oficiais superiores com cargos comando, direcção”.

As medidas já adoptadas pelo Ministério da Defesa Nacional “têm contribuído para um aumento sustentado do número de mulheres nas fileiras, representando 13% dos efectivos em 2020, o valor mais alto da última década, sendo a tendência de crescimento transversal aos três ramos”, segundo um comunicado do ministério. Na categoria de oficiais, “as mulheres já atingem os 20%”, de acordo com o mesmo texto.

Em 2020 foi criado o Gabinete da Igualdade do Ministério da Defesa Nacional, que “cumpre hoje o primeiro ano de funcionamento”, e a função de “assessores/as de género, que apoiam as chefias militares na integração da perspectiva de género em todas as suas acções”.

Há dois anos, também no Dia Internacional da Mulher, o ministério divulgou que “as mulheres representam 20% do total dos militares, civis e militarizados das Forças Armadas, incluindo o sector empresarial da Defesa”, segundo o plano sectorial para a promoção da igualdade na Defesa e nas Forças Armadas.

Se no pessoal civil se verifica “uma relativa paridade”, no que respeita “ao pessoal militar e militarizado a disparidade em prejuízo das mulheres é muito acentuada (12% e 2% de mulheres, respectivamente)”.

Em 2017, a taxa de participação das mulheres nas Forças Armadas portuguesas era de cerca de 11%, com 3002 mulheres entre os 27.948 militares do efectivo.