“Tem havido uma vertigem dos ministros da Defesa”

General Garcia Leandro, ex-vice-chefe do Estado-maior do Exército considera que o Comando Operacional Conjunto é “uma ideia atraente”, mas “o diabo está nos detalhes”. E deixa críticas ao ministro da Defesa, João Gomes Cravinho

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Depois do anúncio do ministro da Defesa de que iria apresentar alterações à ​Lei Orgânica de Bases da Organização das Forças Armadas (LOBOFA) e que uma das alterações seria no sentido de reforçar o comando conjunto, ou seja, o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas (CEMGFA), vários ex-chefes militares alertaram para eventuais riscos de desequilíbrio e subalternização dos três ramos das Forças Armadas. Partilha desse receio?
É muito arriscado comentar anúncios sem conhecer o que vai ficar escrito. O Comando Operacional Conjunto é uma ideia atraente, mas o diabo e as questões complexas estão sempre nos detalhes e há actividades que terão de ser sempre da responsabilidade dos ramos. Questões como a coordenação e a logística devem merecer muito cuidado.

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Depois do anúncio do ministro da Defesa de que iria apresentar alterações à ​Lei Orgânica de Bases da Organização das Forças Armadas (LOBOFA) e que uma das alterações seria no sentido de reforçar o comando conjunto, ou seja, o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas (CEMGFA), vários ex-chefes militares alertaram para eventuais riscos de desequilíbrio e subalternização dos três ramos das Forças Armadas. Partilha desse receio?
É muito arriscado comentar anúncios sem conhecer o que vai ficar escrito. O Comando Operacional Conjunto é uma ideia atraente, mas o diabo e as questões complexas estão sempre nos detalhes e há actividades que terão de ser sempre da responsabilidade dos ramos. Questões como a coordenação e a logística devem merecer muito cuidado.