Pobreza e privação voltaram a diminuir nos últimos dois anos. E depois da pandemia? “Dificuldades vão voltar a agravar-se”

A partir de informação recolhida entre Abril e Setembro de 2020, o INE constatou uma nova redução da proporção de portugueses que vivem em privação material para os 13,5%. Mas mesmo aqui há um indicador que se agravou: a dificuldade em custear uma refeição de carne ou de peixe a cada dois dias. É um alerta para a crise que começa a instalar-se, avisa investigador.

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A percentagem de portugueses em risco de pobreza tem vindo a diminuir, resta saber se a pandemia inverterá a tendência Daniel Rocha

A taxa de privação material dos portugueses, que traduz desde a dificuldade em pagar a renda ou manter a casa aquecida até à incapacidade para custear um telemóvel, desceu quase dois pontos percentuais no ano passado: passou dos 15,1% de 2019 para os 13,5% em 2020. A partir da informação recolhida entre Abril e Setembro do ano passado, já com a pandemia instalada, mas com os respectivos efeitos colaterais ainda amortecidos pelos apoios assegurados pelo Governo, do layoff às moratórias, o INE confirma assim a tendência da redução da privação material verificada nos últimos anos (era de 18% em 2017).

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A taxa de privação material dos portugueses, que traduz desde a dificuldade em pagar a renda ou manter a casa aquecida até à incapacidade para custear um telemóvel, desceu quase dois pontos percentuais no ano passado: passou dos 15,1% de 2019 para os 13,5% em 2020. A partir da informação recolhida entre Abril e Setembro do ano passado, já com a pandemia instalada, mas com os respectivos efeitos colaterais ainda amortecidos pelos apoios assegurados pelo Governo, do layoff às moratórias, o INE confirma assim a tendência da redução da privação material verificada nos últimos anos (era de 18% em 2017).