Covid-19: Dinamarca vai abater milhões de visons após mutação do coronavírus

A população de visons na Dinamarca pode ir dos 15 milhões aos 17 milhões. Depois de verificada uma mutação do novo coronavírus, a primeira-ministra do país ordenou o abate dos animais.

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REUTERS/Vasily Fedosenko

A Dinamarca vai abater todos os visons criados naquele país, que serão entre 15 milhões e 17 milhões, após ter sido verificada uma mutação do novo coronavírus que infectou 12 pessoas, anunciou nesta quarta-feira, 4 de Novembro, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.

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A Dinamarca vai abater todos os visons criados naquele país, que serão entre 15 milhões e 17 milhões, após ter sido verificada uma mutação do novo coronavírus que infectou 12 pessoas, anunciou nesta quarta-feira, 4 de Novembro, a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.

A líder do executivo dinamarquês argumentou que esta evidência ameaça a eficácia de uma futura vacina contra a doença covid-19, que é provocada por um novo coronavírus (SARS-Cov-2). “A mutação do vírus via visons pode criar o risco de a futura vacina não funcionar como deveria (...). É preciso abater todos os visons”, afirmou Mette Frederiksen, numa conferência de imprensa.

Segundo as autoridades dinamarquesas, a população destes pequenos mamíferos naquele país situa-se entre os 15 milhões e os 17 milhões.

A Dinamarca segue o exemplo dos Países Baixos, que, em Agosto, decretaram o fim da prática de criar visons para a indústria de peles naquele país, após o registo de vários focos de infecção pelo novo coronavírus em explorações dedicadas à criação destes pequenos mamíferos.

Em Junho, e após suspeita de transmissão do novo coronavírus a pessoas, também as autoridades holandesas ordenaram o abate de vários milhares de martas. Em Maio, as autoridades holandesas já tinham decidido proibir o transporte de peles de visons em todo o país, depois da divulgação do caso de dois trabalhadores de uma exploração localizada na zona do sul dos Países Baixos que teriam contraído o novo coronavírus através daqueles pequenos animais.

Na altura, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, e perante as suspeitas, que estas possíveis contaminações poderiam ser os “primeiros casos conhecidos de transmissão” do novo coronavírus de animais para seres humanos.