O fim de semana em que não pode viajar, exceto se puder

Mostrem-nos lá os famosos semáforos e deixem-nos decidir os municípios que queremos cruzar. Não somos parvos.

Desde setembro que se discute a possibilidade de adotar um sistema de semáforos de risco epidemiológico para assinalar os municípios onde o risco de contágio é maior, uma ideia entretanto abandonada pelo Governo. Baltazar Nunes, epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, em entrevista ao PÚBLICO de ontem, reconhece que este sistema está a ser utilizado por decisores políticos e “que é provável que, do ponto de vista individual, seja benéfico para um indivíduo saber qual é a intensidade da transmissão na sua área”. A ideia foi adotada em vários países, como o Reino Unido, a Lituânia ou a Finlândia. A própria União Europeia tem um sistema semelhante para ajudar as pessoas a tomar decisões sobre viagens internacionais. É certamente uma medida imperfeita, como todas as que vão surgindo na luta contra esta pandemia. Mas em vez de impedir as pessoas de circular entre municípios, fornecer-lhes informação e deixá-las decidir a sua vida é tratá-las como adultas. Uma ideia refrescante, nos dias que correm.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Desde setembro que se discute a possibilidade de adotar um sistema de semáforos de risco epidemiológico para assinalar os municípios onde o risco de contágio é maior, uma ideia entretanto abandonada pelo Governo. Baltazar Nunes, epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, em entrevista ao PÚBLICO de ontem, reconhece que este sistema está a ser utilizado por decisores políticos e “que é provável que, do ponto de vista individual, seja benéfico para um indivíduo saber qual é a intensidade da transmissão na sua área”. A ideia foi adotada em vários países, como o Reino Unido, a Lituânia ou a Finlândia. A própria União Europeia tem um sistema semelhante para ajudar as pessoas a tomar decisões sobre viagens internacionais. É certamente uma medida imperfeita, como todas as que vão surgindo na luta contra esta pandemia. Mas em vez de impedir as pessoas de circular entre municípios, fornecer-lhes informação e deixá-las decidir a sua vida é tratá-las como adultas. Uma ideia refrescante, nos dias que correm.