Darwin Nuñez salva Benfica de uma entrada em falso na Liga Europa

Avançado uruguaio estreou-se a marcar pelos “encarnados”, com três golos no triunfo por 2-4 na Polónia frente ao Lech Poznan.

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O Benfica passou um mau bocado frente ao Lech Poznan LUSA/Jakub Kaczmarczyk

Quando um jogador tem o carimbo de jogador mais caro da história de um clube, criam-se expectativas quase maradonianas sobre o que vai ser o seu rendimento. De Darwin Nuñez, que é o jogador mais caro da história do Benfica (custou 24 milhões), espera-se muita coisa, e, sendo ele um ponta-de-lança, essa muita coisa são golos. Ao sexto jogo com os “encarnados”, Darwin evoluiu de um bom assistente (já levava cinco passes para golo esta época) para um goleador. Marcou três e foi fundamental no difícil triunfo do Benfica por 2-4 na Polónia sobre o Lech Poznan na estreia dos “encarnados” no Grupo D da Liga Europa.

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Quando um jogador tem o carimbo de jogador mais caro da história de um clube, criam-se expectativas quase maradonianas sobre o que vai ser o seu rendimento. De Darwin Nuñez, que é o jogador mais caro da história do Benfica (custou 24 milhões), espera-se muita coisa, e, sendo ele um ponta-de-lança, essa muita coisa são golos. Ao sexto jogo com os “encarnados”, Darwin evoluiu de um bom assistente (já levava cinco passes para golo esta época) para um goleador. Marcou três e foi fundamental no difícil triunfo do Benfica por 2-4 na Polónia sobre o Lech Poznan na estreia dos “encarnados” no Grupo D da Liga Europa.

Não tivesse sido a explosão goleadora do jovem avançado uruguaio de 21 anos e o Benfica teria tido uma entrada em falso numa competição em que Jorge Jesus diz que quer ir até ao fim — e sofrido um trauma europeu semelhante ao de Salónica, na Champions.

Os “encarnados” podem até ter-se colocado cedo em vantagem e nunca estiveram a correr atrás do resultado, mas a verdade é que também nunca estiveram no controlo do jogo e por uma única razão: falta de competência defensiva. Otamendi e Verthogen podem ser jogadores batidos e com experiência internacional, mas são centrais muito permeáveis quando são confrontados com velocidade. E Gilberto e Grimaldo, tão bons a apoiar o ataque, não têm o mesmo nível a defender.

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O Benfica praticamente entrou no jogo em vantagem. Depois de ter ganho a linha de fundo, Waldschmidt tentou um cruzamento que foi interceptado pelo braço de Dejewski. Na conversão, Pizzi fez o 0-1 aos 9’ e tudo parecia fácil para o Benfica. Pura ilusão.

Com o experiente médio português Pedro Tiba no “onze”, o Lech Poznan percebeu rapidamente como podia furar pelas linhas subidas do Benfica, circulação rápida em progressão e jogo em profundidade para colocar em evidência a lentidão dos centrais.

Foi assim que chegou ao empate aos 15’. Czerwinski arrancou pelo flanco direito, foi até à área e deixou a bola no sítio certo para Ishak encostar. Grimaldo nem sequer andava perto e os dois centrais ficaram a ver.

Pouco depois, aos 24’, os polacos ficaram bem perto da reviravolta, com um remate de Tiba que foi à trave após um canto em que a defesa benfiquista ficou estática.

Antes do intervalo, o jogador mais caro da história do Benfica finalmente acordou para os golos. Gilberto levou a bola pelo seu flanco, fez um cruzamento perfeito e Darwin cabeceou com toda a força que tinha na cabeça para o 1-2. E festejou pela primeira vez em nome próprio.

O Benfica chegava ao intervalo de um daqueles jogos em que se costuma dizer que o resultado era melhor que a exibição — era exactamente isso que estava a acontecer e que se iria prolongar para a segunda parte.

Com Rafa no lugar de Pizzi para o segundo tempo (e com Otamendi, um dos que tem menos tempo de casa, como capitão), o Benfica esteve perto do 1-3 aos 47’, com um remate de Waldschmidt que Czerwinski desviou em cima da linha de golo.

O Lech Poznan como que encontrou motivação neste golo evitado e, no minuto seguinte, chegou ao empate. O rapidíssimo Kaminski furou pelo flanco, o seu cruzamento foi desviado por Vlachodimos e Ishak aproveitou as sobras para o 2-2 aos 48’ — o segundo golo no jogo deste internacional pela Suécia.

Com o jogo fora do seu controlo, valeu ao Benfica mais um momento de inspiração de Darwin aos 60’. O uruguaio recebeu uma bola de Everton, rodopiou sobre um defesa polaco e atirou a contar para o 2-3. E depois de mais uma série de desatenções defensivas que por pouco não valeram golo para o Lech Poznan — Kacharava, o gigante georgiano do ataque, criou muitos problemas —, o Benfica só respirou de alívio já para lá dos 90’. Rafa ganhou a linha e Darwin só teve de encostar para o 2-4. Mais um golo a confirmar que está em pleno processo evolutivo para se transformar num avançado que decide.