Goleada do Benfica em Vila do Conde não ficou fora de jogo

Os benfiquistas tiveram dois golos e um penálti inviabilizados por posições irregulares, mas com mais um bis de Luca Waldschmidt e um golo de Gabriel venceram com facilidade o Rio Ave.

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO

Não foi por uma questão de centímetros que a segunda deslocação do Benfica na I Liga 2020/21 não terminou em goleada. Tal como tinha acontecido na estreia do campeonato, em Famalicão, os “encarnados” realizaram uma exibição de qualidade, mas dois golos e um penálti inviabilizados por fora de jogo colocaram a vitória dos benfiquistas sobre o Rio Ave numa diferença final de apenas três golos (0-3). Luca Waldschmidt voltou a ser a figura dos “encarnados” e conseguiu, em Vila do Conde, o segundo bis no campeonato; Gabriel estreou-se a marcar.

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Não foi por uma questão de centímetros que a segunda deslocação do Benfica na I Liga 2020/21 não terminou em goleada. Tal como tinha acontecido na estreia do campeonato, em Famalicão, os “encarnados” realizaram uma exibição de qualidade, mas dois golos e um penálti inviabilizados por fora de jogo colocaram a vitória dos benfiquistas sobre o Rio Ave numa diferença final de apenas três golos (0-3). Luca Waldschmidt voltou a ser a figura dos “encarnados” e conseguiu, em Vila do Conde, o segundo bis no campeonato; Gabriel estreou-se a marcar.

Um dia depois de ver Sporting e FC Porto empatarem no primeiro clássico da época, Jorge Jesus tinha frente ao Rio Ave um confronto que o técnico tinha colocado no “patamar dos jogos difíceis”. Mas um dia antes de a depressão Bárbara deixar o território nacional em “alerta amarelo”, o que o Benfica encontrou em Vila do Conde foi uma bonança pouco habitual para os “encarnados” no Estádio dos Arcos.

Apesar de ter protagonizado uma exibição sofrível na jornada anterior, Jesus manteve o desenho táctico apresentado contra o Farense - a única alteração foi a troca de Jardel por Vertonghen -, mas o quarto acto do Benfica na I Liga nada teve a ver com o anterior.

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Tal como tinha acontecido contra o Famalicão e o Moreirense, a superioridade “encarnada” sobre o rival foi inequívoca e, perante um Rio Ave permissivo a meio campo e muito débil na defesa, o ataque benfiquista fez a diferença.

A jogar simples e de forma personalizada, o Benfica rapidamente acampou junto à área vila-condense e, aos 6’, Aderlan começou a destacar-se pela negativa: uma displicência do central permitiu uma intercepção de Gabriel e, depois, o ataque do Benfica fez o resto. Ao primeiro toque, a bola passou por Rafa, Darwin e Everton, que fez uma assistência de classe. A finalização ficou a cargo de Waldschmidt, que continua a mostrar por que motivo Joachim Löw não dispensa a sua presença na selecção alemã.

André Almeida lesiona-se

Pouco depois, Jesus perdeu André Almeida por lesão, mas com Gilberto em campo o Benfica não mudou. Superiores, as “águias” continuaram a chegar com facilidade perto da baliza do Rio Ave e Aderlan continuava a cometer erros de principiante. Uma perda de bola do brasileiro só não resultou em novo castigo para a sua equipa porque o primeiro golo de Darwin ficou adiado por um fora de jogo de 46 centímetros.

Dez minutos depois, o uruguaio voltou a mostrar competência para fazer o último passe, mas o “bis” de Waldschmidt ficou suspenso – o alemão estava dez centímetros adiantado. O entendimento entre os reforços benfiquistas é, no entanto, evidente e, em cima do intervalo, não houve fora de jogo que impedisse o germânico de voltar a marcar: Darwin fez o que quis de Ivo Pinto e encontrou um enorme buraco no centro da defesa do Rio Ave, onde surgiram Everton, Rafa e Waldschmidt sem marcação. O alemão, no entanto, parece ter um poder de atracção irresistível para a bola e, de forma fácil, fez o quarto golo no campeonato.

Depois de uma exibição do Rio Ave na primeira parte que fez Mário Silva colocar as mãos na cabeça várias vezes, a equipa de Vila do Conde surgiu mais agressiva após o intervalo e, com o Benfica aparentemente com a cabeça na Polónia – defronta quinta-feira o Lech Poznan na Liga Europa – Vlachodimos começou a ter algum trabalho e Jesus começou a poupar alguns “trunfos”: perto da hora de jogo, Everton cedeu o lugar a Weigl.

O jogo, no entanto, já estava “morno”, mas o avolumar da diferença entre as duas equipas continuava preso por centímetros: aos 70’, um possível penálti de Aderlan sobre Darwin caiu por terra por fora de jogo do uruguaio.

Apesar da boa exibição, Darwin acabou por sair aos 81’ ainda sem se estrear a marcar e, já com Seferovic em campo, o Benfica fechou a contagem. Após um remate do suíço, Gabriel aproveitou um ressalto e fez o 0-3 final.

Ao quarto jogo e com mais uma boa exibição, o Benfica já tem cinco pontos de vantagem sobre o FC Porto, o principal concorrente na luta pelo título.