Miguel Oliveira assina recuperação notável no GP de França

Português chegou a rodar em 17.º lugar, mas terminou a corrida deste domingo na sexta posição.

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LUSA/EDDY LEMAISTRE

Saiu do 12.º lugar, rodou em 17.º após o arranque e terminou a corrida em sexto lugar. Foi assim o domingo do piloto português Miguel Oliveira, que assinou uma recuperação tremenda no Grande Prémio de França em MotoGP.

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Saiu do 12.º lugar, rodou em 17.º após o arranque e terminou a corrida em sexto lugar. Foi assim o domingo do piloto português Miguel Oliveira, que assinou uma recuperação tremenda no Grande Prémio de França em MotoGP.

Com este resultado, Oliveira, que se estreou em corridas à chuva em MotoGP, manteve o nuno lugar do Mundial (69 pontos), aproveitando os maus desempenhos de Quartararo, Rins, Mir, Miller, Viñales e Morbidelli para reduzir as distâncias na classificação. Neste momento, há apenas 46 pontos de diferença entre o líder do Mundial, Quartararo, e Miguel Oliveira, nono classificado.

Na frente da corrida, quem ergueu os braços foi Danilo Petrucci, que foi o sétimo vencedor diferente em nove corridas e deu o segundo triunfo à Ducati na temporada (e o primeiro de sempre em Le Mans). Alex Márquez (Honda) e Pol Espargaró (KTM) fecharam o pódio desta prova, num desfecho também surpreendente pelo grande desempenho de Márquez  tal como Oliveira, era um rookie a estrear-se à chuva e subiu do 18.º lugar até ao pódio.

Primeira corrida em molhado

Às 11h55, cinco minutos antes da hora marcada para o início do Grande Prémio de França, chegou a chuva ao circuito de Le Mans. A direcção da corrida decidiu, como esperado, mostrar bandeira vermelha e atrasar o início da prova. Aqui, havia uma decisão a tomar por parte das equipas: montar ou não os pneus de chuva.

Com bastante água acumulada na pista, os pilotos decidiram apostar no pneu para piso molhado – e esta foi uma situação totalmente nova para Miguel Oliveira, que nunca tinha feito uma corrida de MotoGP com chuva.

Esfregava as mãos Jack Miller, cujos predicados à chuva são amplamente reconhecidos entre o pelotão de MotoGP, e o australiano saltou para a liderança logo no arranque da corrida.

Houve, por outro lado, uma partida muito fraca de Miguel Oliveira, que o fez cair para o 17.º lugar – o português foi também prejudicado pela queda de Rossi na curva 1, tendo de travar a fundo para não colidir com o italiano.

A queda de lugares do português foi, porém, um problema temporário. Oliveira recuperou de imediato várias posições e já ocupava o 10.º lugar na terceira volta, fruto de uma “volta canhão” em que foi o mais rápido em pista.

Na frente, Quartararo não colocou a sua Yamaha a lidar bem com o piso molhado e foi caindo posições a cada volta (caiu rapidamente para fora do top-10), deixando a cabeça da corrida a cabo das Ducati de Petrucci, Miller e Dovizioso.

A “caçar” as Ducati estava a Suzuki de Alex Rins, uma das poucas motos em pista com dois compostos de chuva médios (e não os macios). E esta escolha, com a pista a secar em vários sectores, foi um tiro certeiro do piloto espanhol.

Houve, depois, uma fase mais “morna” na corrida. O quarteto da frente manteve-se estável, bem como o grupo perseguidor, sempre fechado por Miguel Oliveira.

Final de corrida emocionante

A 9 voltas do final, uma manobra arriscada de Rins provocou travagens fortes na frente e fez juntar em pelotão os seis primeiros, perseguidos pelo bastante rápido Miguel Oliveira.

Na volta seguinte, Miller teve um problema mecânico e Rins caiu. De repente, Miguel Oliveira via-se em quinto lugar, depois de ter rodado em 17.º lugar no início da corrida.

O piloto português acabou por não conseguir chegar ao quarto lugar, na luta com Dovizioso, e ainda foi ultrapassado na última curva por Johann Zarco, que rodava com os mais eficazes pneus médios.

No fim de contas, com os tempos feitos em pista, é fácil de presumir que, não fosse a perda de lugares no arranque, Oliveira estaria na luta pela vitória. Faltou, uma vez mais, uma melhor qualificação ao português.

“Foi uma boa corrida, tive de fazer uma boa gestão dos pneus. Nas últimas voltas tentei preparar uma ultrapassagem ao ‘Dovi’. Preparei demasiado e o Zarco, que estava a dois segundos, acabou por aproveitar. Mesmo assim foi uma boa corrida e isso é o mais importante, sermos competitivos”, disse Miguel Oliveira, após a corrida.

Daqui a uma semana haverá corrida em Aragão, que poderá ser interessante para Miguel Oliveira: um dos primeiros triunfos do piloto de Almada no Mundial de motociclismo foi precisamente neste circuito espanhol, com a vitória em Moto3, em 2015.