Carências habitacionais do Plano de Recuperação já estão desactualizadas

Documento prospectivo preparado pelo IHRU, e que estará na base do pedido de financiamento de 1200 milhões de euros a Bruxelas para financiar uma medida-chave na área da habitação, está já ultrapassado.

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Paulo Pimenta

Quando, em Fevereiro de 2018, o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) fez o primeiro Levantamento Nacional das Necessidades de Realojamento Habitacional – e identificou 187 municípios com carências habitacionais sinalizadas e 26.762 famílias a viver em “situação habitacional claramente insatisfatória” – já estimava um custo total de 1,5 mil milhões de euros para financiar todas as soluções de realojamento que eram necessárias. E as comparticipações a fundo perdido para investir até 2024 ascendiam a 700 milhões de euros. Dois anos e meio depois, esse diagnóstico está desactualizado, como têm vindo a demonstrar as Estratégias Locais de Habitação que já foram entregues por mais de três dezenas de municípios. Um dado que ganha relevância perante a urgência de apresentar medidas que passem no crivo de Bruxelas.

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Quando, em Fevereiro de 2018, o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) fez o primeiro Levantamento Nacional das Necessidades de Realojamento Habitacional – e identificou 187 municípios com carências habitacionais sinalizadas e 26.762 famílias a viver em “situação habitacional claramente insatisfatória” – já estimava um custo total de 1,5 mil milhões de euros para financiar todas as soluções de realojamento que eram necessárias. E as comparticipações a fundo perdido para investir até 2024 ascendiam a 700 milhões de euros. Dois anos e meio depois, esse diagnóstico está desactualizado, como têm vindo a demonstrar as Estratégias Locais de Habitação que já foram entregues por mais de três dezenas de municípios. Um dado que ganha relevância perante a urgência de apresentar medidas que passem no crivo de Bruxelas.