De Minaur lidera assalto ao título no US Open

Serena Williams vence 100.º encontro no Arthur Ashe Stadium.

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Reuters/Danielle Parhizkaran

A última vez em que os quartos-de-final de um torneio do Grand Slam não contou com Novak Djokovic, nem Rafael Nadal, nem Roger Federer foi há 16 anos, em Roland Garros. Nessa final de 2004, ganhou Gaston Gaudio, um campeão inédito. Essa será uma certeza neste US Open, depois da saída de Novak Djokovic: alguém vai conquistar o primeiro “major” da sua carreira. Alex De Minaur é um dos rostos da nova geração pronto para aceitar a tarefa.

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A última vez em que os quartos-de-final de um torneio do Grand Slam não contou com Novak Djokovic, nem Rafael Nadal, nem Roger Federer foi há 16 anos, em Roland Garros. Nessa final de 2004, ganhou Gaston Gaudio, um campeão inédito. Essa será uma certeza neste US Open, depois da saída de Novak Djokovic: alguém vai conquistar o primeiro “major” da sua carreira. Alex De Minaur é um dos rostos da nova geração pronto para aceitar a tarefa.

Para já, o australiano de 21 anos vai estrear-se nuns quartos-de-final de um Grand Slam, depois de ultrapassar Vasek Pospisil (94.º), por 7-6 (8/6), 6-3 e 6-2. O trintão canadiano liderou o tie-break do set inicial por 6/2, mas desperdiçou os quatro set-points e De Minaur (28.º) assumiu o controlo do encontro.

Enquanto Pospisil ia dando sinais físicos de estar diminuído, o australiano confirmava as suas qualidades, nomeadamente a rapidez de deslocação, para os lados e para a frente, onde gosta de terminar os pontos, fazendo jus às raízes australianas. Filho de mãe espanhola e pai uruguaio, De Minaur – ou Demon como é chamado – nasceu em Sydney mas emigrou para Alicante, onde começou a jogar ténis e onde está radicado. Desde cedo que começou a receber conselhos do seu ídolo e agora mentor, o antigo número um mundial Lleyton Hewitt, e é presença assídua na selecção da Austrália.

Foi nessa condição que iniciou a época na ATP Cup, derrotando Alexander Zverev e Denis Shapovalov e desde aí que acreditou que ia fazer uma boa época, não fosse uma lesão abdominal o ter impedido de competir no Open da Austrália. Passado esse mau período e com a condição física reforçada durante a paragem competitiva provocada pela pandemia, De Minaur está pronto para surgir nas fases mais adiantadas dos majors.

No quadro feminino, Serena Williams foi estada por Maria Sakkari (22.ª), que a tinha derrotado, nestes mesmos courts 13 dias antes, no âmbito do Western & Southern Open. O encontro voltou a ser equilibrado e, pela segunda ronda consecutiva, Serena só conseguiu impor-se no terceiro set: 6-3, 6-7 (6/8) e 6-3. A norte-americana que procura o 24.º título do Grand Slam esteve muito consistente a servir, assinando mesmo um serviço a 199,5 km/h, igualando o seu próprio recorde neste torneio.

Após somar 100.º encontro ganho no Arthur Ashe Stadium, inaugurado em 1997, Serena vai decidir um lugar nas meias-finais com outra mãe, Tsvetana Pironkova. A búlgara de 32 anos não competia há três anos e desde 2016 que não ganhava três encontros consecutivos, mas somou a quarta vitória neste US Open, sobre Alizé Cornet (53.ª), por 6-4, 6-7 (5/7) e 6-3.

Nos quartos-de-final estão já mais duas norte-americanas: Jennifer Brady (41.ª) e Shelby Rogers (93.ª) – que salvou quatro match-points antes de afastar Petra Kvitova (12.ª), por 7-6 (7/5), 3-6 e 7-6 (8/6). A armada feminina dos EUA podia ser reforçada com Sofia Kenin (4.ª), a mais cotada ainda em prova, que jogava na sessão nocturna.