Nunca consumimos tantos antidepressivos. São precisos psicólogos no SNS

Na última década, consumo de antidepressivos quase duplicou e, desde 2000, mais do que triplicou. Há desigualdades sociais “elevadíssimas” em Portugal, que é “um país de gente endividada”. E ter dívidas “massacra as pessoas do ponto de vista da saúde mental”, explica o psiquiatra Miguel Xavier.

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DAVID CLIFFORD

Numa década apenas, o consumo de antidepressivos quase duplicou em Portugal, enquanto o de ansiolíticos e hipnóticos desceu ligeiramente e nos últimos anos estabilizou. Entre Janeiro e Maio deste ano, que inclui já três meses sob o efeito da pandemia e o período do confinamento, as vendas de antidepressivos voltaram a aumentar. Foram compradas mais 248 mil embalagens de antidepressivos nas farmácias nos cinco primeiros meses de 2019, em comparação com o mesmo período de 2019, para um total superior a quatro milhões de caixas. Será este aumento uma consequência da pandemia na saúde mental dos portugueses? Ninguém consegue responder a esta pergunta, até porque as vendas de ansiolíticos diminuíram neste período.

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Numa década apenas, o consumo de antidepressivos quase duplicou em Portugal, enquanto o de ansiolíticos e hipnóticos desceu ligeiramente e nos últimos anos estabilizou. Entre Janeiro e Maio deste ano, que inclui já três meses sob o efeito da pandemia e o período do confinamento, as vendas de antidepressivos voltaram a aumentar. Foram compradas mais 248 mil embalagens de antidepressivos nas farmácias nos cinco primeiros meses de 2019, em comparação com o mesmo período de 2019, para um total superior a quatro milhões de caixas. Será este aumento uma consequência da pandemia na saúde mental dos portugueses? Ninguém consegue responder a esta pergunta, até porque as vendas de ansiolíticos diminuíram neste período.