O autoquestionário feito de Proustósito para mim

Tem razão quem disse no Twitter que não devia ser eu mas o Andrew Sullivan a vir para cronista do PÚBLICO.

Quando?
Um dia do verão de 1970, há 50 anos. Agostinho Neto disse-me: “Vai para a Jugoslávia estudar. Para a guerrilha não pode ir agora, o único branco que lá temos é o Tó Zé Miranda, e porque ele é médico.” O presidente do MPLA recebia-me num pequeno hotel, em Roma, no intervalo de um encontro internacional de apoio à independência das colónias portuguesas. Jovem nacionalista angolano, eu tinha desertado do exército português, em outubro de 1969, e todo o meu grupo político, ligado ao MPLA, fora preso em Luanda e Lisboa. Eu tinha feito recruta para oficial numa tropa especial, os rangers, em Lamego, e desertara para servir o meu país.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Quando?
Um dia do verão de 1970, há 50 anos. Agostinho Neto disse-me: “Vai para a Jugoslávia estudar. Para a guerrilha não pode ir agora, o único branco que lá temos é o Tó Zé Miranda, e porque ele é médico.” O presidente do MPLA recebia-me num pequeno hotel, em Roma, no intervalo de um encontro internacional de apoio à independência das colónias portuguesas. Jovem nacionalista angolano, eu tinha desertado do exército português, em outubro de 1969, e todo o meu grupo político, ligado ao MPLA, fora preso em Luanda e Lisboa. Eu tinha feito recruta para oficial numa tropa especial, os rangers, em Lamego, e desertara para servir o meu país.