Sp. Braga derrota V. Guimarães em derby espectacular

Os “guerreiros” bateram os “conquistadores” numa partida com cinco golos e vários lances espectaculares.

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O Sp Braga venceu o V. Guimarães LUSA/HUGO DELGADO

Quase que se pode dizer que o Sp. Braga ainda não tinha desconfinado. Duas derrotas e um empate nas três jornadas após a retoma faziam de Custódio Castro um homem sob pressão e a sua meta de ficar no pódio cada vez mais longínqua. Mas os bracarenses relançaram-se nessa luta com um importante triunfo caseiro no derby do Minho frente ao Vitória de Guimarães, em jogo da 28.ª jornada na I Liga. Com este triunfo, o Sp. Braga voltou a ficar com o terceiro lugar, com 50 pontos, mais um que o Sporting, que defronta nesta sexta-feira o Belenenses SAD. Já o Vitória, perdeu terreno no ataque à Europa, ficando-se pelo sétimo, com 40 pontos.

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Quase que se pode dizer que o Sp. Braga ainda não tinha desconfinado. Duas derrotas e um empate nas três jornadas após a retoma faziam de Custódio Castro um homem sob pressão e a sua meta de ficar no pódio cada vez mais longínqua. Mas os bracarenses relançaram-se nessa luta com um importante triunfo caseiro no derby do Minho frente ao Vitória de Guimarães, em jogo da 28.ª jornada na I Liga. Com este triunfo, o Sp. Braga voltou a ficar com o terceiro lugar, com 50 pontos, mais um que o Sporting, que defronta nesta sexta-feira o Belenenses SAD. Já o Vitória, perdeu terreno no ataque à Europa, ficando-se pelo sétimo, com 40 pontos.

Tirando a parte de não haver público nas bancadas da Pedreira, foi tudo o que um derby deve ser e um sério candidato ao prémio de melhor jogo do desconfinamento do futebol português. Foi um festival de virtuosismo ofensivo, sobretudo na primeira parte, carregado de acções individuais vistosas (e as correspondentes falhas defensivas) dos dois lados e uma incerteza no resultado própria de um jogo em que a rivalidade dá sempre um extra de energia e motivação.

E tudo começou logo no primeiro minuto, praticamente na primeira jogada do jogo. Bem dentro da sua área, Sequeira lançou Galeno em galope no flanco esquerdo, o brasileiro ultrapassou Victor Garcia e fez o cruzamento para a entrada oportuna de Paulinho, que encostou para o 1-0. O Vitória reagiu da melhor maneira e aos 7’ teve ocasião soberana para chegar ao empate, num soberbo remate de Ola John após jogada individual que saiu bem próximo da baliza de Matheus.

A igualdade acabaria por surgir pouco depois. André Horta foi imprudente na abordagem a uma bola dividida com André André e deu um toque que provocou a queda do capitão vimaranense na área. Da marca dos 11 metros, André não falhou e fez o empate aos 15’. A equipa de Ivo Vieira podia ter concretizado a reviravolta logo a seguir, numa jogada em que Davidson não foi competente a receber uma bola perdida na área bracarense. Em resposta, Francisco Trincão arrancou um belo remate após boa jogada individual, mas levantou demasiado a bola e nem deu para incomodar Douglas.

O momento do futuro jogador do Barcelona chegaria mais tarde. Antes, aos 33’, foi Ola John a brilhar, com um slalom até à área do Sp. Braga a terminar com cruzamento calibrado para Bruno Duarte cabecear entre Carmo e Sequeira e fazer o 1-2. Mas a história da primeira parte ainda teria mais um capítulo. Aos 42’, Trincão voltou a mostrar a razão pela qual o gigante da Catalunha deu 30 milhões por ele. Após uma jogada de envolvência no lado direito, a bola sobrou para Trincão e para o seu pé esquerdo e a bola só parou no fundo da baliza do Vitória.

O jogo baixou de ritmo na segunda parte, mas o Sp. Braga foi mais eficaz na gestão do esforço e ganhou algum ascendente, recuperando a vantagem pelo esforço e velocidade de Galeno. Aos 65’, o extremo brasileiro ganhou um lance a meio-campo a Ola John, foi a correr até à área adversária, ninguém o parou e teve todo o espaço que precisava para fazer o 3-2.

O Vitória já não teve arte para responder e o Sp. Braga foi um paradigma da tranquilidade que tanto precisa para o que resta da época.