Ronaldo marca, acaba o jejum e a Juventus volta a ganhar

Longe de ser brilhante, a Juventus conseguiu lances de perigo suficientes para vencer e, suportada por um penálti “desbloqueador” de Ronaldo, venceu um Bolonha praticamente inofensivo. Agora, têm a palavra a Lazio e o Inter na luta pelo título italiano.

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Ronaldo festeja em Bolonha Reuters/JENNIFER LORENZINI

Foram 434 minutos em campo sem um golo. Cristiano Ronaldo acabou nesta segunda-feira com um jejum de golos que durava desde Fevereiro, marcando, de penálti, um golo que ajudou a Juventus a vencer em Bolonha, por 0-2.

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Foram 434 minutos em campo sem um golo. Cristiano Ronaldo acabou nesta segunda-feira com um jejum de golos que durava desde Fevereiro, marcando, de penálti, um golo que ajudou a Juventus a vencer em Bolonha, por 0-2.

Com este importante triunfo – o primeiro no retomar do futebol –, a equipa de Turim garante que termina a ronda 27 da Liga italiana na liderança, pressionando a Lazio, que joga nesta quarta-feira e tentará recolocar a diferença em apenas um ponto.

Antes do jogo, a discussão da semana, em Itália, foi o posicionamento de Ronaldo no ataque – se no centro, se descaído para a ala esquerda. Alguma imprensa italiana garante mesmo que o português pediu a Sarri para não jogar como referência ofensiva, por considerar que isso o prejudica, obrigando-o a estar sujeito à luta entre os centrais e jogar de costas para a baliza.

E Sarri pareceu, neste jogo, ter feito a vontade ao português e a todos os que pediam Ronaldo mais solto. O madeirense esteve particularmente colado ao corredor esquerdo e fez até algo que não tem feito – sobretudo na primeira parte, preocupou-se em servir os companheiros várias vezes, com alguns cruzamentos. Terá sido um “grito” do português, a provar que consegue ser útil no corredor esquerdo.

E, para que não restassem dúvidas, Ronaldo começou por criar perigo logo aos 7’, num movimento precisamente da esquerda para o meio. Passou por dois adversários, tirou o terceiro do caminho e rematou para um grande defesa de Skorupski.

Aos 22’, o VAR descobriu um puxão de Denswill a De Ligt num canto. Ronaldo foi bater o penálti e, ao contrário do que tinha feito frente ao AC Milan, na Taça de Itália, não falhou, com um remate para o meio da baliza. Foi o 26.º golo na temporada.

Mesmo sem ser dominadora, a Juventus conseguiu alguns lances interessantes, sobretudo quando conseguiu ter Dybala em jogo – o argentino jogou como falso ponta-de-lança, mas com muita liberdade.

Com Bentancur e Bernardeschi a terem capacidade para entrarem na área – não deixando a equipa refém de uma presença ofensiva entre os centrais –, a Juve foi conseguindo combinações perto da área.

Uma delas deu golo de Dybala, aos 36’, num grande remate à entrada da área, após calcanhar de Bernardeschi. Outra das jogadas deu remate do italiano ao poste, já aos 53’. Entre uma e outra, Ronaldo ainda criou um lance para Dybala desperdiçar em boa posição e falhou, ele próprio, uma oportunidade na cara do guarda-redes.

Apesar de infeliz na finalização, Ronaldo, que ainda viu um golo ser-lhe invalidado, deu-se bastante ao jogo e, a espaços, conseguiu ser efectivo na criação de jogadas – mesmo com as muitas bolas perdidas ao longo do jogo.

Longe de ser brilhante, a Juventus conseguiu lances de perigo suficientes para vencer e, suportada por um penálti “desbloqueador” de Ronaldo, venceu um Bolonha praticamente inofensivo.