Uma morte e 377 novos casos. Infecções disparam 19% no Alentejo

No total, desde o início do surto, 38.841 ficaram infectadas. Há 24.906 casos de recuperação; 1528 pessoas morreram devido à covid-19. Surto em Reguengos de Monsaraz faz disparar números no Alentejo.

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Miguel Manso

Foram registados na sexta-feira 377 novos casos e mais uma morte relacionada com covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado este sábado. Desde o início da pandemia, foram registados 38.841 casos em Portugal; 1528 pessoas morreram nos últimos meses devido à covid-19.

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Foram registados na sexta-feira 377 novos casos e mais uma morte relacionada com covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado este sábado. Desde o início da pandemia, foram registados 38.841 casos em Portugal; 1528 pessoas morreram nos últimos meses devido à covid-19.

Houve registo de 429 pessoas recuperadas nas últimas 24 horas, somando-se assim um total de 24.906 pessoas que recuperaram da doença desde o início da pandemia.

A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ver o número de casos aumentar de forma mais expressiva, atingindo 16.537 casos confirmados​. Esta sexta-feira, houve 282 novas infecções registadas, correspondentes a cerca de 75% dos novos casos registados a nível nacional. Na região central do distrito de Lisboa, registaram-se 59 novos casos no concelho de Lisboa, 48 em Sintra, 39 na Amadora e 28 em Loures.

O boletim da DGS deste sábado dá ainda conta de um aumento de 19,4% nos casos registados no Alentejo. Há agora 363, mais 59 do que na sexta-feira. Só num lar de Reguengos de Monsaraz foram registados 56 casos positivos.

O sul do país, onde um surto com origem numa festa em Lagos atraiu as atenções das autoridades se saúde, houve 19 novos casos, totalizando 499 infecções desde o início da pandemia. 

O número de pessoas internadas mantém-se igual ao dia anterior, 422, mas há mais três pessoas nos cuidados intensivos, totalizando 70 casos graves. Neste momento, a taxa de letalidade é de 3,93%.

Na distribuição dos casos infectados por concelhos, Lisboa é o que regista o maior número de casos (3096), seguido por Sintra (2227), Vila Nova de Gaia (1611), Loures (1604), Amadora (1405), Porto (1414), Matosinhos (1292) e Braga (1256).

A Direcção-Geral da Saúde corrigiu o boletim este sábado à tarde, nomeadamente quanto aos casos nos concelhos do Porto, Matosinhos e Braga, cujos números se mantêm iguais aos de sexta-feira, enquanto na primeira versão do boletim tinham diminuído.

No total desde o início da pandemia, a região Norte continua a registar o maior número de infecções (17.242) e de mortes (814). A região de Lisboa e Vale do Tejo regista 16.537 infecções e 435 mortos, a região Centro 247 óbitos e 3966 caso confirmados, o Algarve 15 óbitos e 499 pessoas infectadas e o Alentejo dois mortos e 363 pessoas com covid-19. Os Açores permanecem sem alterações no número de pessoas infectadas, com 143 casos e no número de mortes, 15, o mesmo se passando na Madeira, sem casos de óbitos e com 91 pessoas infectadas.

Casos disparam no Alentejo

O surto de covid-19 detectado esta semana num lar de Reguengos de Monsaraz, que já registou 56 casos positivos (40 utentes e 16 funcionários), pode já estar instalado na comunidade, disse em Évora Augusto Santana de Brito, responsável da Autoridade Local de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Alentejo Central. De acordo com a Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARS Alentejo), aguarda-se ainda o resultado de 47 testes, entre os quais três que tiveram um primeiro resultado inconclusivo.

Em conferência de imprensa realizada este sábado na sede da ARS Alentejo, Augusto Santana de Brito referiu que a investigação epidemiológica, “a decorrer”, já se estende a contactos de funcionários e utentes com pessoas de concelhos vizinhos de Reguengos de Monsaraz e apelou a cuidados redobrados por parte da população dessa região. A testagem, de acordo com Santana de Brito, vai depender agora da investigação epidemiológica, mas estão já a ser tomadas diversas medidas de prevenção no lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, onde o surto foi detectado.

“Foram canceladas todas as visitas, cessaram as actividades conjuntas, entre as quais as refeições, cessou a actividade da creche adjacente ao lar, por precaução, estão a ser criadas alas diferentes para os utentes que testaram positivo ou negativo e reforçaram-se as medidas de higienização da instituição”, elencou o responsável da Autoridade Local.

Com excepção de um único caso que ficou internado em enfermaria, no Hospital do Espírito Santo, em Évora, todos os utentes que testaram positivo encontram-se em residências de familiares ou na instituição, pois a autoridade local considera que “em utentes com esta idade pode ser contraproducente retirá-los” para outros locais. “O Centro de Saúde está, neste momento, a avaliar todos os utentes no sentido de perceber quais possam precisar de cuidados diferenciados”, explicou o presidente do Conselho Directivo da ARS Alentejo, José Robalo.

José Robalo explicou que teve conhecimento na quinta-feira de manhã de um utente do lar que tinha sido transportado para o serviço de urgência do hospital de Évora e que nessa tarde iniciaram “de imediato” os testes a todos os 105 funcionários e 83 utentes.