As deseconomias da bitcoin

Ilegalidade, desinformação, manipulação e consumo intensivo de energia elétrica num contexto de desorientação e descoordenação regulamentar.

A bitcoin encontra-se frequentemente associada a casos de cibercrime (furtos de carteiras, falsas casas de câmbio e ataques de hacking), evasão fiscal, financiamento de terrorismo, lavagem de dinheiro e utilização na aquisição de substâncias ilícitas em mercados da darknet, cujo episódio mais mediático foi a Silk Road. Num artigo recente, publicado numa das mais conceituadas revistas científicas de finanças [1], conclui-se que metade das transações de bitcoins, com um valor total de 72 mil milhões de dólares, esteve associada a atividades ilegais, o que corresponde ao valor estimado do mercado de drogas ilícitas dos EUA e da Europa. Mesmo assim, há quem veja aqui um aspeto positivo, pois se as drogas são negociadas na internet e distribuídas através de canais legítimos, evitam-se as transações presenciais, o que se traduz na diminuição da criminalidade violenta.

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A bitcoin encontra-se frequentemente associada a casos de cibercrime (furtos de carteiras, falsas casas de câmbio e ataques de hacking), evasão fiscal, financiamento de terrorismo, lavagem de dinheiro e utilização na aquisição de substâncias ilícitas em mercados da darknet, cujo episódio mais mediático foi a Silk Road. Num artigo recente, publicado numa das mais conceituadas revistas científicas de finanças [1], conclui-se que metade das transações de bitcoins, com um valor total de 72 mil milhões de dólares, esteve associada a atividades ilegais, o que corresponde ao valor estimado do mercado de drogas ilícitas dos EUA e da Europa. Mesmo assim, há quem veja aqui um aspeto positivo, pois se as drogas são negociadas na internet e distribuídas através de canais legítimos, evitam-se as transações presenciais, o que se traduz na diminuição da criminalidade violenta.