Bonecas sexuais nas bancadas geram pedido de desculpas do FC Seoul

Iniciativa pretendia que os manequins dessem algum colorido a um estádio totalmente privado de adeptos.

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AFP

Jogar sem espectadores é um desafio novo para os agentes do futebol e as estratégias para minimizar os tons cinzentos das bancadas começam também a dar os primeiros passos. A recente experiência no encontro entre o FC Seoul e o Gwangju FC (1-0 para a equipa da casa), porém, acabou por causar polémica. Porquê? Porque nas cadeiras do World Cup Stadium, na capital da Coreia do Sul, foram colocadas bonecas de uma empresa de artigos sexuais, que terão surpreendido a própria direcção do clube anfitrião.

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Jogar sem espectadores é um desafio novo para os agentes do futebol e as estratégias para minimizar os tons cinzentos das bancadas começam também a dar os primeiros passos. A recente experiência no encontro entre o FC Seoul e o Gwangju FC (1-0 para a equipa da casa), porém, acabou por causar polémica. Porquê? Porque nas cadeiras do World Cup Stadium, na capital da Coreia do Sul, foram colocadas bonecas de uma empresa de artigos sexuais, que terão surpreendido a própria direcção do clube anfitrião.

O pedido de desculpas dos dirigentes do FC Seoul chegou envolvido num sentimento de “profundo embaraço”. Ainda que tenham argumentado que as bonecas em questão (figurantes passivos para mitigarem a total ausência de público) são manequins de qualidade, argumentaram que desconheciam em absoluto a sua origem. 

A controvérsia estalou quando começaram a chegar queixas de telespectadores incomodados com a publicidade, patente nas t-shirts envergadas pelos manequins, a sites ou empresas de conteúdo sexual. Noutros casos, as bonecas (que foram dispostas de forma a manterem também o distanciamento social) empunhavam cartazes com anúncio a uma empresa em concreto.

De acordo com a direcção do FC Seoul, a iniciativa de dar algum colorido às bancadas vazias partiu da fabricante de manequins (a Dalcom), que é também fornecedora de uma outra empresa de artigos de cariz sexual. E terá sido uma iniciativa de última hora, sem que tenha passado pelo crivo dos responsáveis do clube.

“Pedimos sinceras desculpas por causarmos este embaraço aos adeptos. Confirmámos que não têm qualquer relação a artigos sexuais”, escreveu a direcção do emblema da capital sul-coreana, em comunicado, insistindo na ideia que o fabricante dos manequins não está directamente ligado à indústria sexual.

À BBC Sport, a Dalcom também apresentou uma versão do sucedido, explicando que os anúncios em causa pertenciam a um cliente da empresa que pretendia tirar fotos com os cartazes e as t-shirts antes do jogo. “Eles deveriam ter retirado todos os anúncios antes de o jogo ter começado, mas deixaram ficar várias referências e logótipos”, lamentou Cho Young-june, director da empresa.

A Liga sul-coreana recomeçou no dia 8 de Maio, depois de uma paragem de dois meses por força da pandemia de covid-19. De então para cá, alguns clubes usaram reproduções de adeptos de cartão nas bancadas ou faixas de grande dimensão para cobrir parte das cadeiras. Um “negócio” que parece ter terreno fértil para crescer.