Covid-19: Governo prolonga até 15 de Junho interdição de voos de e para fora da UE

Executivo prolonga uma interdição já em vigor mas que terminava na próxima semana.

Foto
Miguel Manso

O Governo prolonga, a partir das 00h da próxima segunda-feira e até 15 de Junho, a interdição de voos com destino e a partir de Portugal para e de países fora da União Europeia, revela um despacho.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Governo prolonga, a partir das 00h da próxima segunda-feira e até 15 de Junho, a interdição de voos com destino e a partir de Portugal para e de países fora da União Europeia, revela um despacho.

A interdição de voos “produz efeitos a partir das 00h do dia 18 de Maio de 2020 e até às 00h do dia 15 de Junho”, especifica o executivo, num despacho conjunto publicado na quarta-feira em suplemento do Diário da República, que prolonga uma interdição já em vigor mas que terminava na próxima semana.

“Atendendo à avaliação da situação epidemiológica em Portugal e na União Europeia e às medidas propostas pela Comissão Europeia, importa garantir a segurança interna através de medidas adequadas que contenham as possíveis linhas de contágio, impondo-se a prorrogação da mencionada interdição, num quadro de prevenção e contenção da pandemia também por via do estabelecimento de restrições ao tráfego aéreo”, explica o Governo no despacho.

Não obstante, mantém a necessidade de prever excepções a tais restrições, aos países associados ao espaço Schengen (Liechtenstein, Noruega, Islândia e Suíça), e aos países de expressão oficial portuguesa. Porém, do Brasil, ressalva, “serão admitidos apenas” os voos provenientes de e para São Paulo e de e para o Rio de Janeiro.

Outras excepções à interdição de tráfego aéreo são o Reino Unido, os Estados Unidos da América, a Venezuela, o Canadá e a África do Sul, “dada a presença de importantes comunidades portuguesas”, explica o Governo.

Outra ressalva do diploma, com mais uma excepção, são os voos “destinados a permitir o regresso a Portugal dos cidadãos nacionais ou aos titulares de autorização de residência em Portugal, e ainda os voos destinados a “permitir o regresso aos respectivos países” de cidadãos estrangeiros que se encontrem em Portugal, mas desde que tais voos sejam promovidos pelas autoridades competentes de tais países, sujeitos a pedido e acordo prévio, e no respeito pelo princípio da reciprocidade.

O despacho também não é aplicável a aeronaves do Estado e às Forças Armadas, a aeronaves que integram ou venham a integrar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, nem a voos para transporte exclusivo de carga e correio, bem como a voos de carácter humanitário ou de emergência médica e a escalas técnicas para fins não comerciais.

Há menos de uma semana, em 8 de Maio, a Comissão Europeia convidou os Estados-membros a prolongarem até 15 de Junho a interdição de entradas “não indispensáveis” em território europeu, adoptada em meados de Março como forma de prevenir a propagação da pandemia de covid-19.

O executivo comunitário justificou esta proposta de prorrogação da medida por mais 30 dias por a situação relativa à pandemia permanecer “frágil” e entender que só faz sentido as restrições nas fronteiras externas serem aligeiradas depois de os controlos nas fronteiras internas começarem a ser gradualmente levantados, e de forma coordenada entre os Estados-membros.