Covid-19: empresa portuguesa cria peças que evitam tocarmos em portas e botões

As peças de acessibilidade da 3DWays permitem desempenhar tarefas sem tocar directamente com as mãos nas superfícies. Esta pode ser uma das soluções presentes no desenho do mundo pós-pandemia.

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tiago lopes

Depois de ajudar a fundar o #SOSCovid, a empresa de Francisco Tenente quer agora ajudar a desenhar o mundo pós-pandemia. E como podemos adaptar as nossas cidades a esta nova realidade? As peças de acessibilidade, que permitem às pessoas prosseguir com a sua actividade de dia-a-dia sem terem que tocar directamente com as mãos nas mais diversas superfícies, são uma das respostas. A 3DWays desenhou uma peça que se coloca em puxadores e permite abrir portas com o cotovelo, uma caneta que carrega em botões (como os dos terminais de pagamento) com maior segurança e um utensílio multiusos que ajuda a desempenhar as duas funções anteriores (abrir portas e pressionar botões) e, ainda, rodar chaves.

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Depois de ajudar a fundar o #SOSCovid, a empresa de Francisco Tenente quer agora ajudar a desenhar o mundo pós-pandemia. E como podemos adaptar as nossas cidades a esta nova realidade? As peças de acessibilidade, que permitem às pessoas prosseguir com a sua actividade de dia-a-dia sem terem que tocar directamente com as mãos nas mais diversas superfícies, são uma das respostas. A 3DWays desenhou uma peça que se coloca em puxadores e permite abrir portas com o cotovelo, uma caneta que carrega em botões (como os dos terminais de pagamento) com maior segurança e um utensílio multiusos que ajuda a desempenhar as duas funções anteriores (abrir portas e pressionar botões) e, ainda, rodar chaves.

“O que nós estamos aqui a fazer é uma adaptação da cidade a esta nova realidade – o paradigma do contacto”, explica Francisco ao P3. “A ideia é arranjar forma de não ser preciso tocar naqueles locais em que imensa gente tocava por dia. Criar ferramentas para ser possível abrir portas com o antebraço: em quartos de hotel, casas de banho públicas, centros comerciais, empresas e nas próprias casas, até. Abrir torneiras sem ser preciso usar as mãos, carregar nos botões de elevadores, ir às compras com as peças.”

Para lá do lado funcional, a empresa também assegura um design cuidado, “para podermos continuar a ter as nossas casas e empresas bonitas”. Especializados em impressão 3D, têm os produtos prontos a imprimir. Agora, a ideia é “chegar às instituições de saúde e a espaços públicos que tenham muita gente a passar”. As peças de acessibilidade são distribuídas gratuitamente a todos os hospitais que as pedirem – tal como foi feito com as viseiras de protecção para os profissionais de saúde. “Ao mesmo tempo, queremos chegar às empresas, para podermos financiar a operação”, continua Francisco, confirmando que já várias os contactaram e fizeram encomendas, apesar de não poder referir nomes por questões de privacidade.

Além de hospitais e empresas, qualquer pessoa que tenha uma impressora 3D em casa pode pedir os ficheiros de impressão ou, caso não tenha, fazer uma encomenda. Paralelamente, a 3DWays incentiva o público, através do Facebook, a partilhar as suas ideias e preocupações, de forma a desenvolver novas peças de acordo com as necessidades, numa bola de neve de inovação. É que esta é “uma solução de adaptação da sociedade e das infra-estruturas a este novo paradigma”, mas há muitas outras. Um pouco por todo o mundo, inventores estão a dedicar esforços à aplicação da tecnologia no combate à covid-19, de forma a evitar que o vírus se espalhe ainda mais — e a criatividade parece não ter limites.

Apesar de já terem saído do #SOSCovid para se dedicarem ao desenvolvimento de ferramentas que consideram essenciais ao regresso às rotinas de trabalho em comunidade, Francisco diz que continuam a dar resposta às encomendas de clientes, tanto de viseiras como de máscaras (ainda que estas últimas não sejam o forte da empresa). Outra ferramenta que estão a desenvolver é “uma plataforma que liga entidades (maioritariamente Instituições Particulares de Solidariedade Social) a voluntários”, que já tem uma “versão demo a ser testada e o interesse de algumas empresas”.