Accionistas da Sonae aprovam pagamento de dividendo de 4,63 cêntimos por acção

O resultado líquido atribuível aos accionistas da Sonae fixou-se em 165 milhões de euros, em 2019, abaixo do valor registado no exercício anterior.

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Accionistas da Sonae, liderada por Cláudia Azevedo, mativeram distribuição de lucros NELSON GARRIDO

Os accionistas da Sonae aprovaram esta quinta-feira, em assembleia-geral, todos os 10 pontos na ordem de trabalhos, entre os quais o pagamento de um dividendo bruto de 4,63 cêntimos por acção relativo a 2019.

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Os accionistas da Sonae aprovaram esta quinta-feira, em assembleia-geral, todos os 10 pontos na ordem de trabalhos, entre os quais o pagamento de um dividendo bruto de 4,63 cêntimos por acção relativo a 2019.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonae refere que os accionistas aprovaram que o resultado líquido, no montante de 188.483.085,50 euros, seja aplicado da seguinte forma: reserva legal (9.424.154,28 euros), dividendos (92.600.000,00 euros) e reservas livres (86.458.931,22).

O dividendo bruto a distribuir é de 4,63 cêntimos por acção, “excluindo-se do dividendo global de 92.600.000,00 euros o montante do dividendo que caberia às acções que, à data da distribuição do dividendo, sejam detidas pela própria sociedade ou por sociedades suas dependentes, que deverá ser afecto a reservas livres”, refere a Sonae, no comunicado.

O dividendo a pagar representa “um dividend yield [rendimento do dividendo] de 5,1% face ao preço de fecho a 31 de Dezembro de 2019 e a um payout ratio [taxa de pagamento] de 43% do resultado directo consolidado atribuível aos accionistas da Sonae”.

Foram ainda aprovados um “louvor e confiança à actividade desempenhada pelos órgãos de administração e fiscalização durante o exercício de 2019”, bem como “os princípios aplicáveis a uma eventual emissão de obrigações convertíveis em acções a deliberar pelo Conselho de Administração”.

O lucro da Sonae caiu 20,2% em 2019, face ao período homólogo de 2018, para 165 milhões de euros, “apenas devido aos itens não recorrentes” verificados no exercício anterior.

Aquando da divulgação dos resultados, a Sonae explicou que “o resultado líquido atribuível aos accionistas fixou-se em 165 milhões de euros, abaixo do valor registado” em 2018 “devido aos itens não recorrentes verificados no exercício anterior”.

Mais concretamente, “as mais-valias registadas na transacção da Outsystems pela Sonae IM, na venda de activos pela Sonae Sierra e nas operações sale & leaseback executadas pela Sonae MC”, referiu, na altura, a empresa liderada por Cláudia Azevedo.

Excluindo estes efeitos, que totalizaram 104 milhões de euros em 2018, o lucro teria “registado um crescimento expressivo”.

No ano passado, o volume de negócios da Sonae aumentou 9,2% para 6.435 milhões de euros, “beneficiando maioritariamente do desempenho da Sonae MC e da consolidação anual de vendas em termos estatutários da Sonae Sierra”, refere o grupo.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) subiu 7,5% para 695 milhões de euros.