Limites à circulação na Páscoa podem gerar demoras no abastecimento

Compras das famílias estabilizaram, com maior procura no comércio de proximidade

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Comércio de proximidade está a ganhar relevância com a pandemia Nuno Ferreira Santos

A sexta reunião do Grupo de Acompanhamento e Avaliação das Condições de Abastecimento de Bens nos Sectores Agro-alimentar e do Retalho, criado pelo Governo no âmbito da actual crise pandémica da covid-19 terminou com a garantia de que as cadeias de abastecimento estão asseguradas, sem perspectiva de rupturas, apesar da dependência nacional de alguns produtos importados.

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A sexta reunião do Grupo de Acompanhamento e Avaliação das Condições de Abastecimento de Bens nos Sectores Agro-alimentar e do Retalho, criado pelo Governo no âmbito da actual crise pandémica da covid-19 terminou com a garantia de que as cadeias de abastecimento estão asseguradas, sem perspectiva de rupturas, apesar da dependência nacional de alguns produtos importados.

Internamente, a distribuição e as associações de produtores continuam a garantir o abastecimento, aos mesmos tempo que têm procurado apoiar a produção nacional, muita dela dependente do sector da restauração e hotelaria, o chamado canal Horeca, e de mercados locais, adiantou ao PÚBLICO Gonçalo Lobo Xavier, director-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

Mas, nos próximos dias, numa altura de maior procura associado à Páscoa, o processo de abastecimento pode sofrer alguns constrangimentos, com a entrada das “limitação à circulação no período da Páscoa”, impostas pelo Governo, para vigorar entre as zero horas desta quinta-feira e as 24 horas do dia 13 de Abril, a próxima segunda-feira, que impedem a circulação de pessoas fora do conselho de residência, a não ser em certos casos.

Apesar das garantias no diploma para a circulação de trabalhadores, a quem as entidades patronais têm de garantir declarações próprias que para o efeito, e de transportes de mercadorias, as acções de fiscalização podem sempre criar algumas dificuldades, admite Gonçalo Lobo Xavier. “Estamos a trabalhar para responder às necessidades dos consumidores e dos produtores nacionais”, garante o responsável.

Depois de uma corrida aos supermercados, nas primeiras semanas de Março, as compras diminuíram nos últimos dias, caminhando para uma situação de normalização. Simultaneamente, tem-se verificado um crescimento do comércio de proximidades, mantendo o seu funcionamento e ajudando ao escoamento de produtos nacionais e locais.

O grupo é composto por representantes governamentais da Economia, que coordena, da Agricultura, Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral da Agricultura (GPP), Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA).