Igreja da Misericórdia de Coruche classificada como monumento de interesse público

A classificação abrange, além da igreja, a sacristia, a Casa do Despacho, o adro e o património móvel integrado.

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Igreja da Misericórdia, Coruche www.visitcoruche.com/igrejas

A Igreja da Misericórdia de Coruche (Santarém), fundada em 1580, foi classificada nesta quinta-feira como monumento de interesse público, por se tratar de “um exemplar típico dos templos erguidos pelas misericórdias em todo o país”.

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A Igreja da Misericórdia de Coruche (Santarém), fundada em 1580, foi classificada nesta quinta-feira como monumento de interesse público, por se tratar de “um exemplar típico dos templos erguidos pelas misericórdias em todo o país”.

A portaria que classifica este monumento, publicada em Diário da República, refere que, a exemplo do que acontece com os templos erguidos pelas misericórdias, esta igreja possui “nave única e contínua com a capela-mor, retábulos triplos, simplicidade formal, Casa do Despacho e sacristia com entrada independente pelo adro, tribunas para mesários e hospício anexo”.

Assim, a classificação abrange, além da igreja, a sacristia, a Casa do Despacho, o adro e o património móvel integrado.

“O templo foi profundamente intervencionado na segunda metade do século XVIII, daqui resultando a reconstrução da fachada tardo-quinhentista e diversas alterações do interior, que conservou, em termos genéricos, a primitiva estrutura maneirista, mas cujo abobadamento e ornamentação pertencem já ao estilo rococó”, afirma a portaria.

“Entre o acervo conservado incluem-se uma série de pinturas murais completadas por três pinturas sobre tela no paramento do altar-mor e pela bandeira da confraria, exibida no coro alto, onde se guarda ainda um magnífico órgão de tubos oitocentista assinado pelo organeiro António Xavier Machado Cerveira, filho de Manuel Machado, autor do órgão do Mosteiro dos Jerónimos, e irmão do escultor Joaquim Machado de Castro”, acrescenta.

A portaria, assinada no passado dia 05 pela secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, refere o testemunho simbólico e religioso, o valor estético, técnico e material, a concepção arquitectónica e urbanística e o que reflecte do ponto de vista da memória colectiva como critérios que permitem a classificação deste templo.